FC Porto observou mais de uma centena de jogadores na Escola Pauleta

Esta ação de observação integrada na iniciativa “Dragon Dream” visa “monotorizar” e referenciar futuros craques e, segundo Pauleta, consiste numa “oportunidade única” para os jovens açorianos aspirantes a futebolistas.

“Ficámos satisfeitos porque é uma oportunidade para os nossos jovens serem treinados algumas horas pelo staff do FC Porto. É uma mais valia para a nossa escola, mas também para quem trabalha no nosso clube”, avançou Pauleta.

Apesar da iniciativa ter sido estendida a outros clubes de futebol micaelenses, foram poucos os jovens que não sendo da Escola Pauleta foram observados pelos técnicos da formação do FC Porto.

“Infelizmente, vimos poucos miúdos de outros clubes, que é uma coisa que estranho um pouco. Lembro-me perfeitamente que quando era jovem sonhava com uma oportunidade destas, de poder treinar com um clube grande como o FC Porto”, lamentou o ex-internacional português.

Questionado quanto ao motivo da pouca adesão de jovens de outros clubes micaelenses a esta iniciativa, Pauleta assume que “se calhar os clubes não transmitiram aos miúdos” e, mesmo desconhecendo os verdadeiros motivos, sublinha que “se é bairrismo, é um erro grande e se é para não verem os seus miúdos, é um erro também grande”.

“Tenho acompanhado outros miúdos de outros clubes e isso entristece-me, porque eu sei que há miúdos de outros clubes que eu gostava que esta gente do FC Porto observasse porque sei que iriam ficar com boa impressão e assim não tiveram essa oportunidade”, sublinhou.

Apesar de tudo, Pauleta espera este ano poder levar “dois ou três miúdos” ao Porto, “não por serem grandes talentos, mas porque devem ter essa oportunidade”.

Fernando Gomes também esteve esta tarde na Escola de futebol Pauleta, na condição de embaixador do FC Porto, tendo-se demonstrado satisfeito com a observação dos jovens jogadores açorianos, mas considerou que “ainda é cedo para, com objetividade, afirmar se há algum craque do futuro”.

O “bi-bota de ouro” relembrou que também Pauleta passou na formação do FC Porto: “Infelizmente, não conseguimos que ele jogasse na equipa principal”.

Para Fernando Gomes, as probabilidades de encontrar outros “Pauletas” são ínfimas, apesar das oportunidades hoje serem maiores.

“Não é fácil arranjar ‘Pauletas’, mas se conseguíssemos encontrar algum jovem aproximado do que foi o Pauleta seria interessante”, disse.

A Escola de Futebol Pauleta, que tem neste momento 170 jogadores nos escalões de formação de infantis e sub-10, abre na próxima época o escalão de iniciados, com vista à abertura no futuro das equipas de juvenis e juniores.