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Ronaldo: «Fenómeno» de golos e prémios na carreira dividida com lesões

Uma curta passagem pelo FC Barcelona valeu-lhe a alcunha de “Fenómeno”, designação colada à “pele” do futebolista brasileiro Ronaldo, um dos melhores avançados dos tempos modernos e que se despede na terça-feira dos relvados.

Ronaldo: «Fenómeno» de golos e prémios na carreira dividida com lesões

Com 34 anos, Ronaldo Nazário de Lima, deixa o futebol depois de 18 anos como profissional, numa carreira que começou aos 16 anos no Cruzeiro, antes de assinar pelo PSV Eindhoven, a sua porta de entrada na Europa.

Com um início fulgurante – num estilo de jogo em que vingava a potência muscular, aliada à velocidade, técnica, drible e, sobretudo, à capacidade finalizadora –, despertou a cobiça dos grandes clubes.

Os golos foram a imagem de marca e na memória permanece o tento ao Compostela, na sua única época no FC Barcelona, em que Ronaldo arrancou do meio-campo, sempre pressionado, e marcou, depois de ter resistido a todas as cargas, fintado uma, duas, três vezes.

Quando alinhou no “Barça” de Bobby Robson, com Mourinho como adjunto, ao lado de Vítor Baía e Luís Figo, já era internacional brasileiro – esteve no Mundial94 sem jogar -, e foi eleito pela primeira vez o melhor jogador do Mundo da FIFA (1996).

Com o “Pichichi”, mas sem o título espanhol, os “culés” não renegociaram o seu contrato e o Inter Milão pagou a cláusula de rescisão, de 32 milhões de dólares (cerca de 22 milhões de euros).

Em Itália, Ronaldo continuou a brilhar: a marcar golos e foi novamente eleito o melhor do Mundo (1997), troféu ao qual juntou a Bola de Ouro, mas também foi o início do calvário de lesões.

Em 1999, a primeira das mais graves. Num jogo com o Lecce sofreu uma rutura parcial do tendão do joelho direito e esteve um ano parado, e no seu regresso, em 2000, frente à Lázio sofreu nova rutura, desta vez total, e esteve mais de um ano sem jogar.

A carreira parecia estar comprometida, mas Ronaldo – que já tinha estado no Mundial98 -, “renasceu” no Mundial2002 pela mão de Scolari e fez uma prova “fenomenal”: oito golos e os títulos de melhor marcador e jogador.

O melhor marcador na história dos Mundiais (15 golos em quatro edições, embora não tenha jogado em 1994) regressou a Espanha em 2002/03, mas para o Real Madrid, onde esteve cinco épocas (104 golos em 177 jogos).

Foi na capital espanhola que foi eleito pela terceira vez o melhor do Mundo (em 2002) e conquistou pela primeira vez um campeonato nacional (2003 e 2007).

Em Madrid começaram também as críticas ao excesso de peso do jogador e voltou a Itália, agora para o AC Milan, mas sem afastar o fantasma das lesões.

O avançado, a quem já tinha sido diagnosticado hipotireoidismo (como causa do excesso de peso), sofreu outra rutura do tendão de um joelho, então o esquerdo, e ficou um ano e nove meses fora de ação e não fez mais de 20 jogos.

Em fase descendente de carreira, o jogador regressou ao Brasil, ao Corinthians, mas as constantes críticas ao seu peso e a eliminação da Taça dos Libertadores levaram o futebolista a anunciar o final da carreira a 14 de fevereiro.

Na despedida, Ronaldo, acompanhado pelos filhos disse emocionado que estava na hora de “encerrar” a sua “linda, maravilhosa e emocionante” carreira.

“Tive muitas derrotas e infinitas vitórias. Fiz muitos amigos, não me lembro de ter feito um inimigo…”, disse o jogador, justificando o histórico de lesões, dizendo que “as dores” o fizeram antecipar o fim.

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