Ciclismo: Equipas Radioshack e Leopard anunciam fusão

A formação luxemburguesa anunciou no seu sítio oficial na Internet que «a RadioShack e a Nissan vão juntar-se à equipa do World Tour Leopard-Trek como patrocinadores para 2012 e 2013», assegurando que será mantida a licença atribuída ao Luxemburgo existente da União Ciclista Internacional e que a equipa se chamará RadioShack-Nissan-Trek, na próxima época.

«Como dissemos em janeiro, 2011 seria o ano para aprendermos. Queremos melhorar os nossos resultados e, no ciclismo moderno, não podemos avançar sem patrocinadores. É, neste contexto, que damos mais um passo no desenvolvimento deste projeto», referiu o proprietário da Leopard, Flavio Becca, garantindo que este «é um movimento importante para todos os parceiros envolvidos».

De acordo com o mesmo comunicado, o suíço Fabian Cancellara, quatro vezes campeão do Mundo de contrarrelógio, e os luxemburgueses Andy e Frank Schleck, segundo e terceiro do último Tour, respetivamente, vão liderar a equipa, que vai contar com o português Nelson Oliveira.

Além destes, está também assegurada a integração dos norte-americanos Chris Horner, Matthew Busche e Bem King, dos alemães Andreas Kloden, Robert Wagner, do esloveno Jani Brajkovic, do dinamarquês Jakob Fuglsang, do italiano Daniele Bennati, do neozelandês Jesse Sergent e do espanhol Haimar Zubeldia.

«O alinhamento final será anunciado no seu devido tempo», conclui o comunicado.

Também o diretor desportivo da RadioShack, o belga Johan Bruyneel, confirmou este acordo, acrescentando que esta terá um efetivo de 30 corredores, que vai resultar de «uma combinação das duas equipa atuais».

«Todos os contratos que foram assinados com os corredores e com os membros da estrutura serão respeitados», garantiu Bruyneel, remetendo para a divulgação dos nomes integrantes do projeto para 15 de setembro.

O diretor desportivo, que dirigiu o norte-americano Lance Armstrong nas suas sete vitórias no Tour, antevê que «a RadioShack-Nissan-Trek vai dominar o ciclismo nos próximos anos».

«Com corredores como o Cancellara e os irmãos Schleck, nós temos potencial para ganhar, não só as clássicas, mas também as grandes voltas», frisou Bruyneel.

Esta fusão deixa em aberto uma vaga suplementar na primeira divisão do ciclismo Mundial, que conta 18 equipas, depois do desaparecimento da norte-americana HTC e a anunciada aliança entre as equipas OmegaPharma e QuickStep.