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Os melhores jogadores moçambicanos homenageados em livro

Quando se trata de escolher “o melhor jogador de sempre” do futebol moçambicano a decisão parece simples mas isso é para quem não sabe que no mundo do “finta-finta” nem mesmo o rei Eusébio é consensual.

Os melhores jogadores moçambicanos homenageados em livro

“Não há um melhor jogador de sempre de Moçambique, há muitos melhores jogadores de sempre”, defende a investigadora Paola Rolletta, apontando alguns nomes que pareciam improváveis: Calton Banze, Nuro Americano, António Brassard e Baltasar.

Jornalista italiana residente em Maputo, Paola Rolletta lança na próxima semana “finta finta”, um livro da Texto Editores com 31 retratos de ‘príncipes da bola’, como lhes chama o escritor João Paulo Borges Coelho, autor do prefácio.

“Este livro é uma homenagem aos jogadores e treinadores que durante várias décadas, dos anos 50 até aos nossos dias, têm levado alto o nome de Moçambique, sobretudo no estrangeiro”, diz Paola Rolletta.

“Finta finta”, como os moçambicanos se referem a ‘jogar à bola’, é uma expressão associada às partidas de futebol de miúdos na rua, nas praias e nos baldios, jogos de onde saíram no passado tantos craques mas que hoje não abundam.

“Já não há baldios nem descampados, que eram os espaços de eleição para jogar ‘finta finta’, também já não há associativismo que foi uma das características principais dos clubes na época colonial e logo após a independência”, defende a autora, sobre o atual estado da modalidade.

E igualmente decisivo no enfraquecimento do futebol moçambicano, acrescenta Paola Rolletta, é o empobrecimento do país que se reflete no futebol e na sua organização

“São estes os fatores que fazem com que Moçambique já não tenha grandes campeões”, considera, e dá como exemplos os problemas na investigação, que resultaram de não haver dados fiáveis sobre número de golos marcados ou de internacionalizações de muitos dos retratados.

De Costa Pereira a Domingues, de Mário Coluna a Tico Tico, e, sim, de Eusébio a Carlos Queiroz ou a Dauto Faquirá, Moçambique muito contribuiu para o futebol mundial mas, diz Rolletta, não tem ainda o lugar que merece na história.

“Finta finta”, edição em português e inglês de 224 páginas, é lançado em Maputo no dia 15 de setembro, estando a ser avaliada uma edição para o mercado português.

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