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Em causa está o Velense, antigo clube de Djaniny e detentor de 10% do seu passe,que não foi tido em conta na transferência do avançado e pode levar o caso à FIFA.
Rui Gomes da Silva, administrador da SAD encarnada, revelou ontem na Sic Notícias a contratação de Djaniny, desembolsando 300 mil euros pela compra do cabo-verdiano.
O Leiria apenas detém 50% dos direitos económicos do atleta, que foram vendidos ao Benfica. O clube açoriano contesta o negócio porque não foi tido em conta no negócio entre encarnados e leirienses.
O Velense já anunciou que levará o caso até às últimas consequências: apresentação de queixa formal junto da FIFA.
Nuno Chaves, representante dos açorianos, referiu ao programa ''Bola Branca'' da Rádio Renascença que transferência é irregular, na medida em que o clube na cidade do Lis não pode ter vendido a totalidade do passe - informação dada aos dirigentes do Velense - porque não a têm.
''A informação que nós temos é que a venda foi na totalidade do passe, o que não se compreende, até porque o empresário do atleta contactou-nos para comprar a percentagem que temos do jogador por um valor até superior àquele que se fala agora com o Benfica. Vir com estes valores para a praça pública, deixa-nos ainda mais atónitos. Este processo está inquinados de situações irregulares e, por isso, o Velense está diposto a ir até às últimas consequências. Se for preciso, ir mesmo à FIFA'', anunciou Nuno Chaves.
O Velense informou ainda o Benfica sobre a percentagem que detinha sobre Djaniny. ''O clube que eu represento detém 10% dos direitos do jogador, uma informação importante para uma transferência. Tivemos o cuidado de informar o Benfica desse pormenor, até porque sabíamos da gravidade da situação que estava em causa, até do ponto de vista ético-desportivo'', esclareceu o representante do emblema dos Açores.
Apesar de ser um clube dos distritais do Açores, o Velense tem conhecimento dos seus direitos e não ficou satisfeito com o afastamento das negociações para a transferência do jovem avançado de 20 anos. ''É uma situação grave também, porque Benfica e Leiria tiveram uma completa omissão e evitaram o diálogo com o Velense, que, apesar de ser humilde, é um clube que tem os seus direitos e não vamos ficar de braços cruzados. Sabemos inclusive que o empresário também foi posto à margem deste negócio, o que é uma situação algo duvidosa'', concluiu Nuno Chaves.
