A22: Utentes fazem marchas lentas nos três próximos meses

Em declarações à Agência Lusa após uma assembleia pública de utentes que reuniu cerca de 50 pessoas durante a tarde em Faro, João Vasconcelos, da comissão, assegurou que «a luta contra o pagamento de portagens vai continuar, porque estão a asfixiar» a economia do Algarve.

Na assembleia participou o secretário-geral da Federação Nacional de Associações de Transportadores de Espanha (Fendismer), Juan António Jáldon, que admitiu que os transportadores espanhóis «ponderam juntar-se aos protestos».

No encontro ficou decidida a realização de marchas lentas a 03 de fevereiro na zona do Barlavento algarvio, em março em Vila Real de Santo António e Castro Marim, abrangendo a Ponte Internacional do Guadiana, e em abril entre Faro e a rotunda do aeroporto da capital algarvia.

«Iremos manter a luta com a realização de marchas lentas em todo o Algarve e com a participação simbólica no Carnaval de Loulé», asseverou João Vasconcelos.

O representante adiantou que ficou «ainda decidido iniciar conversações com outras comissões de utentes das SCUT [autoestradas sem custos para o utilizador], no sentido de estender os protestos comuns a todo o país».

O movimento prossegue a recolha de assinaturas para uma petição dirigida à Assembleia da República, no sentido de suspender as portagens na A22.

«Neste momento temos cerca de 10 mil assinaturas, mas esperamos chegar às 100 mil», observou João Vasconcelos.

As portagens foram introduzidas naquela via a 08 de dezembro, dia em que também a A23, A24 e A25, na região Centro, passaram a ser pagas.