Os pequenos e médios clubes profissionais reúnem-se no sábado, em Oliveira de Azeméis, para acordar estratégias a adotar no seguimento do veto da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ao alargamento do principal campeonato da Liga.
Fonte de um dos clubes disse à Lusa que a reunião, que terá ainda em cima da mesa outros temas, como a distribuição das receitas televisivas, tem o início previsto para as 11:00, numa unidade hoteleira de Oliveira de Azeméis.
A FPF vetou na quinta-feira a proposta de alargamento da liga de 16 para 18 equipas sem descida de divisão, por considerar tratar-se de uma medida que coloca em causa ''a verdade desportiva''.
No final de uma reunião convocada pela direção da FPF, em que estiveram presentes 18 dos 29 sócios ordinários, o presidente do organismo que tutela o futebol nacional, Fernando Gomes, comunicou a decisão de “chumbar” a proposta aprovada pelos em Assembleia-Geral da Liga de clubes.
Na reunião de quinta-feira foi igualmente decidido que a FPF irá assumir uma parte da dívida dos clubes relativa ao ''Totonegócio'', no valor de 13 milhões de euros, embora reservando-se ao direito de ir descontando esse adiantamento.
O alargamento da Liga de 16 para 18 clubes foi um dos temas recorrentes e bandeira eleitoral do atual presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Mário Figueiredo.
Mário Figueiredo propôs a realização de uma “liguilha” a disputar pelos dois últimos classificados da Liga e os 3.º e 4.º posicionados da Honra, para decidir as duas vagas criadas com a alteração de 16 para 18, mas a maioria dos clubes rejeitou este formato e aprovou um alargamento sem despromoções.
A FPF, de acordo com Fernando Gomes, disse “não, de forma responsável, ponderada e convicta, à proposta votada na Liga de clubes e que pretendia que, na prática, nenhum clube das competições profissionais descesse de divisão na presente época desportiva''.