A Académica surpreendeu hoje a Ovarense e vai discutir no sábado com o Sampaense um lugar na final da Taça de Portugal, após triunfar 51-42 num desafio disputado em Fafe e no qual ninguém merecia prémio.
O sétimo na Liga impôs-se ao terceiro, porque, ainda assim, foi a equipa que menos errou, em partida de qualidade técnica sofrível: só para se ter uma ideia, o abuso dos lançamentos de três pontos resultou em eficácia 1/16 para a Ovarense e 5/23 para a Académica.
A Académica cedo ganhou vantagem de cinco pontos (2-7, 6-11) que foi mantendo graças a uma maior eficácia nos lançamentos de campo, com destaque para Rolando Howell que, com os seus seis pontos e dois ressaltos, sobressaiu ligeiramente para o 10-14 a favor dos estudantes no final do primeiro parcial.
As equipas exibiam-se a um fraco nível, perdiam muitas bolas sem lançamento e isso reflectia-se no marcador, que chegaria ao intervalo com invulgarmente baixo 23-25, depois do primeiro empate (23-23) do encontro.
Os estudantes ganhavam claramente a luta das tabelas (17-10 em ressaltos), mas desperdiçavam essa vantagem com atuação desastrada no jogo exterior, com apenas dois lançamentos convertidos em 13.
O terceiro período ainda conseguiu ser pior do que os dois anteriores: os vareiros estiveram cinco minutos e meio sem marcar (25-31), mas depois os estudantes assumiram a sua vez de errar consecutivamente e permitiram um parcial 7-0, também muito por ''culpa'' da hegemonia do adversário neste período nas tabelas.
A igualdade 34-34 à partida para o último quarto mantinha tudo em aberto e a diferença esteve em ligeira melhoria dos pupilos de Orlando Simões, perante o eclipe vareiro nos últimos três minutos.
A Ovarense ainda vencia 38-37, mas soçobrou num conjunto de disparates que permitiram apenas mais quatro pontos contra 15 do adversário.