Polícia de São Paulo investiga se claques marcaram confronto pela Internet

''Acreditamos que o confronto tenha sido marcado, devido à grande quantidade encontrada de barras de ferro, pedaços de madeira e pedras, mas isso vai ser investigado. Não detetámos nada nas redes sociais antes do incidente'', afirmou à Lusa o major Marcel Soffner, porta-voz da Polícia Militar (PM).

Soffner revelou que a polícia controla alguns perfis nas redes sociais, mas considerou que ''não é possível'' verificar toda a Internet.

Os confrontos ocorreram por volta das 9:00 (12:00 em Lisboa) de domingo, quando cerca de 300 membros das claques do Corinthians e do Palmeiras se encontraram na zona norte de São Paulo, horas antes do encontro entre as duas equipas.

Um dos líderes da claque do Palmeiras, de 21 anos, foi morto com um tiro na cabeça, tendo outras seis pessoas ficado feridas, duas delas com ferimentos causados por armas de fogo, de acordo com a polícia.

Antes dos incidentes, a claque do Palmeiras era acompanhada por dois carros da polícia - ''policiamento preventivo'', de acordo com Soffner. Com a chegada da claque do “Timão”, o policiamento mostrou-se insuficiente.

''A PM ficou no meio das duas claques e houve um momento em que a integridade física dos agentes ficou comprometida. Eles usaram usando fogos de artifícios e bombas. A polícia não teve outra alternativa a não ser recuar, ficando, infelizmente, a assistir ao conflito'', disse o cabo Adriano Lopomo, à TV Globo.

Soffner afirmou que os reforços chegaram ''imediatamente'' e que não houve falta de agentes policiais. Após a chegada dos reforços, as duas claques foram dispersadas com gás pimenta e balas de borracha, mas apenas duas pessoas foram detidas. O autor do homicídio do jovem de 21 anos ainda não foi encontrado.