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Seleção Nacional: uma convocatória igual a muitas outras

Uma convocatória sem polémicas não é a mesma coisa. O problema é quando existem fatores externos relacionados com o caso.

Seleção Nacional: uma convocatória igual a muitas outras

Às vezes não chega ser melhor, é preciso colmatar posições chave. Enfim, há muitas pontas soltas e critérios mal definidos no que concerne às escolhas de Paulo Bento.

Entre Custódio e Hugo Viana não restam dúvidas sobre quem é o melhor. Não era entre eles a disputa pelo lugar de trinco. São dois jogadores para lugares diferentes. Muito menos foi o vimaranense que roubou o lugar a Viana. Seria, porventura, mais produtivo para a equipa, levar os dois em detrimento de um Ruben Micael, que esteve um pouco aquém do esperado no início da época. Mas para quem disse que ia quem estivesse em melhor momento de forma, parece estar a faltar à palavra…

O convite do banco BES para Nani e Nélson Oliveira serem os padrinhos da «Corrida pela Seleção», a realizar no início de Junho, no Estádio do Jamor, passou ao lado de muita gente. É hora de voltarmos atrás no tempo, mais precisamente a 2004, ano que a GALP, maior gasolineira portuguesa, lançou uma coleção de fichas com a cara dos jogadores selecionados para o Europeu da altura.

Nessa ocasião, Vítor Baía foi preterido em comparação com as «escolhas» da GALP para esse grande evento. Mas Nélson Oliveira conseguiu contrariar a tendência neste jogo de patrocínios e interesses e faz parte da lista para a Polónia e Ucrânia. Terá sido uma premonição do BES, um pouco à semelhança do caso Baía? É bem possível que sim, mas tendo em conta que era um jogador em dúvida e que nem uma pré-convocatória havia sido divulgada para esclarecer o povo, é de ficar com a pulga atrás da orelha.

No centro do ataque, Portugal carece de soluções. Um problema estrutural, ou talvez não, mas a verdade é que nenhum dos avançados brilhou esta época. O que esteve melhor – Hugo Almeida – não deverá ser titular em detrimento de Hélder Postiga, ponta de lança de uma equipa que quase desceu em Espanha, o Saragoça. E no país vizinho, excluindo Real Madrid e Barcelona, as equipas estão num patamar idêntico ao nosso. Ao que parece, não é suficiente marcar golos em clubes de pequena/média dimensão. Pelo menos para o atual selecionador nacional.

Quem sabe se a melhor opção não seja jogar sem uma referência de área. Jogar com um 10 parece-me estar fora de opção, mas também não seria muito pior. O que vale é que temos um «homem golo» que, não sendo um ponto de referência na grande área, lá aparece muitas vezes e normalmente com sucesso. Graças a Deus temos Ronaldo, diria a velha raposa Trapattoni.

Portugal não é favorito a ganhar a competição, mas também não o era a Grécia (2004) ou a Dinamarca (1992), por exemplo. Mesmo no último europeu, a Espanha só começou a ser candidata após ter derrotado a Itália. Os campeões constroem-se em prova, ainda mais em competições curtas e entre equipas tão equilibradas. E Portugal tem potencial para chegar ao topo a qualquer momento, quem sabe já no mês que vem…

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