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Premier League: Estão de volta os suspeitos do costume

A última temporada futebolística em Inglaterra ficou marcada por uma luta a dois pelo título de campeão nacional. À semelhança do que sucedeu em Espanha, Man City e Man Utd conseguiram ser muito superiores à concorrência e decidiram, já na linha de meta, qual seria o vencedor do campeonato. Isto é algo que me causou imensa confusão, principalmente tendo em conta a realidade competitiva em Inglaterra.

Premier League: Estão de volta os suspeitos do costume

Comecei a assistir ao futebol inglês no tempo em que o Arsenal reinava. Na altura, Arsène Wenger socorreu-se de vários franceses – Henry, Pires, Vieira -, para incutir as suas ideias e conseguiu ter sucesso. Mais tarde surgiu o Chelsea e criou nova hegemonia. Pelo meio, o Manchester United, com a estabilidade proporcionada pela ótima gestão de Sir Alex Ferguson, conseguiu sempre acompanhar, com mais ou menos títulos, a caminhada galopantes destes rivais de Londres.

O Liverpool nem sempre conseguiu manter-se no pelotão da frente. Por vezes não chegava ao Natal em condições de lutar pelo título, outras ocasiões eram as falsas partidas a traí-los. Mas protagonizavam sempre grandes batalhas com os restantes rivais, daí ser um dos membros com lugar cativo no chamado 'Big Four' – termo sem expressão nos tempos que correm. Posto isto e, à exceção da última época, o leque de candidatos foi sempre muito abrangente. Ter apenas duas equipas capazes de chegar ao topo era algo que os apaixonados pelo futebol inglês não estavam habituados.

No ano passado, as equipas de Manchester revelaram-se fortes de mais, é certo. Com formas de estar, plantéis e filosofias diferentes uma da outra, também é certo. Uma com maior estatuto e outra com melhor estrutura, também é verdade. Embora isso não lhes tenha valido de muito, diga-se de passagem. Mas a concorrência era, porventura, mais fraca do que em outros tempos.

Tenho a sensação que agora tudo voltou ao normal. O Chelsea foi o campeão europeu mais bizarro dos últimos anos. É agora, e mesmo tendo em conta a goleada que sofreu na Supertaça Europeia, um grupo mais forte do que no ano passado. Por seu lado, o Arsenal dispõe de uma equipa mais equilibrada também. À prata da casa, juntam-se nomes de referência do futebol europeu. Só o Liverpool não parece capaz de sonhar a algo mais do que uma mera participação nas competições europeias.

A isto junta-se o eterno candidato Manchester United. Um clube que sabe gerir como ninguém as suas peças e não faz nada ao acaso. Habituaram-se a ganhar e com o plantel de que dispõem, é bem possível que isso volte a repetir-se este ano. Só falta o City, o clube com mais soluções entre todos e, mesmo já tendo tropeçado no campeonato, continua a ser o maior aspirante ao título.

Só em Maio é que se poderá conhecer o sucessor do conjunto orientado por Roberto Mancini. Eventualmente até mais cedo, mas duvido. Sim, porque desta feita, há mais gente a correr para o mesmo objetivo e com maior equilíbrio de forças entre os clubes presentes.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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