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João Loureiro no melhor e no pior do Boavista

João Loureiro regressa ao futebol e ao “seu” Boavista cinco anos após ter deixado os “axadrezados”, que na sua presidência conquistaram os maiores êxitos desportivos, antes de serem punidos e relegados para os escalões secundários, pela sua ação.

João Loureiro no melhor e no pior do Boavista

O dirigente retomou hoje o poder do “clã” Loureiro no centenário clube portuense (1903), depois de o ter liderado durante uma década (1997 a 2007), sucedendo na altura ao pai Valentim, que comandou o Boavista de 1978 a 1997.

Nas eleições hoje realizadas, João Loureiro, que foi o único candidato a concorrer, recebeu 567 votos favoráveis, contra apenas sete nulos, num universo de cerca de 6.000 eleitores.

João Eduardo Pinto de Loureiro, 49 anos, ganhou todos os títulos de futebol em Portugal, destacando-se o sonho da história “axadrezada” com o inédito campeonato de 2000/01 e ainda dois segundos lugares, que valeram três presenças na ''milionária'' Liga dos Campeões – foi ainda uma vez semi-finalista da Taça UEFA.

Sob a sua presidência, o Boavista construiu o Estádio do Bessa Século XXI, com capacidade para 30.000 pessoas, apenas explorada no Euro2004, pois na esmagadora maioria dos jogos do clube o recinto teve menos de meia casa.

Os elevados custos de construção e manutenção acabaram de vez com o equilíbrio financeiro do clube e começaram a pesar demasiado num orçamento que vivia à custa de sucessivas vendas “milionárias”, para a dimensão do clube.

Enquanto dirigiu o Boavista, esteve na direção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional durante vários anos.

Em 2007, com um clima interno de crescente degradação à sua volta, opta por deixar a presidência do Boavista, que um ano depois é condenado no caso “Apito Final” (promovido pela Comissão Disciplinar da Liga) a descer de divisão, estando até hoje na II Divisão, o terceiro escalão do futebol luso.

Nesse mesmo processo, confirmado por reunião do Conselho de Justiça que os tribunais agora “anularam”, João Loureiro foi suspenso por quatro anos e multado em 25.000 euros.

Agora, volta empenhado a recuperar o estatuto do Boavista, que em novembro aderiu ao Processo Especial de Revitalização (PER), após reconhecimento de “insustentabilidade financeira”, causada pelas dívidas de 48,3 milhões de euros a quase 50 credores.

Pai de quatro filhos, João Loureiro passou parte da infância em Angola, licenciou-se posteriormente em direito pela Universidade Católica, no Porto, na qual foi vice-presidente da associação de estudantes.

Chegou a praticar futebol, karaté e natação, mas também deambulou pela música, sendo vocalista, autor e líder da banda pop-rock Ban, popular nos anos 90.

Ligado à política, em 1998 foi mesmo eleito deputado pelo PSD (não assumiu por entender incompatível com sua função desportiva), no qual é militante e exerceu diversos cargos a nível regional.

Após deixar o Boavista, dedicou-se à advocacia, sobretudo na área comercial e da propriedade intelectual.

Enquanto empreendedor e gestor, esteve ligado à área industrial, nomeadamente no setor têxtil e área hoteleira, em projetos pessoais e familiares.

Exerce neste momento a função de Consultor Independente para parcerias internacionais.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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