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Seleção Nacional: Análise aos pecados capitais em Israel

Em finais de 2007, após empatar com a Finlândia no Dragão, Portugal garantiu a 5.ª presença consecutiva em fases finais de grandes competições. A exibição foi sofrida, é certo, mas igualmente pragmática e com um efeito claro. Qualificação direta para o Euro-2008, tal como se pedia.

Seleção Nacional: Análise aos pecados capitais em Israel

Na altura, choveram críticas dos vários quadrantes. Luiz Felipe Scolari irritou-se e proferiu uma frase que ainda hoje recordamos. Mas, agora, percebemos que afinal tinha toda a razão. É que, desde aí, foi sempre o play-off a levar-nos onde quer que fosse. Tudo por culpa própria e sem necessidade. Pegando no exemplo do apuramento para o Mundial Brasil-2014, que dizer da atitude de Paulo Bento que, vindo de uma jornada-dupla em que somou um ponto em seis possíveis, lembrou-se de constatar que o jogo com Israel não era decisivo?

Tendo em conta o reduzido número de jogos que a seleção realizará, não seria natural um discurso diferente? Estas partidas não deveriam servir para rodar a equipa ao mais alto nível e ser o mais competitivo possível? A ver pelas palavras de Humberto Coelho, que na antevisão da partida corroborou desta ideia, percebemos que a culpa se estende à estrutura federativa e, desde logo, se alastra até aos jogadores.

Até Nani esteve mal e nem precisou de jogar para figurar entre os elos mais fracos da comitiva. Admitir que a equipa portuguesa chega a facilitar em alguns jogos era o que já todos sabíamos. Importante era que o atleta do Manchester United apresentasse argumentos a demonstrar que a equipa iria mudar de atitude. Mas o que deixou bem claro é que a prioridade de muitos dos internacionais lusos não será necessariamente a equipa de todos nós.

É natural Nani pensar assim, até porque a rotação no onze base é quase nula. O trio do meio-campo repete-se exaustivamente. No ataque só esporadicamente vemos Hugo Almeida a substituir Hélder Postiga. Lá atrás, só em caso de lesão é que um dos habituais titulares não costuma jogar. São sempre os mesmos e jogam sempre da mesma maneira. Não existe um esquema alternativo. Neste último jogo, sem poder contar com João Moutinho ao melhor nível, valia a pena rentabilizar Pizzi ou Vieirinha, em bom momento nos seus clubes, mas o esquema é estático e só permite trocas diretas entre os jogadores.

Em campo, perde-se tempo útil com futilidades e existe pouca verticalidade. A ganhar por 1-0, impunha-se que Portugal pegasse no jogo e fizesse valer o seu estatuto. Quantas vezes, em tempos não muito distantes, mostrámos desagrado pelo primeiro golo que custa a chegar?

Agora segue-se o Azerbaijão. Em Baku, não haverá Cristiano Ronaldo. Pode ser bom indicador para uma equipa muito dependente do seu capitão. E pouco faz para aproveitar os espaços que resultam da marcação impiedosa de que este é alvo. Mas estou em crer que há gente à altura deste desafio. A margem de erro acabou. O próximo adversário é dos mais fracos que iremos encontrar até ao fim. Ganhar é a única palavra aceitável, até porque este jogo já nem é decisivo: é algo mais do que isso.

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19-06-2024 · 09:48

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