Um “frango” de Costa Pereira e a sua posterior lesão, obrigando o central Germano a ser guarda-redes e o Benfica a jogar reduzido a 10 desde os 57 minutos, hipotecaram novo título europeu, em 1964/65.
Depois do desaire com o AC Milan, dois anos antes, a formação da Luz voltou a não conseguir ultrapassar o “catenaccio” italiano, o futebol defensivo do Inter de Milão, que se superiorizou ao empolgante Benfica de Elek Schwartz.
O conjunto de Helenio Herrera selou o “bis” (tinha ganho por 3-1 ao Real Madrid na final de 1963/64) graças a um tento do brasileiro Jair, que rematou fraco, mas bateu Costa Pereira, que deixou passar a bola, escorregadia, por baixo do corpo.
A jogar em casa, em San Siro, o Inter de Milão marcou aos 42 minutos e conseguiu, depois, segurar o 1-0, com mais uma ajuda involuntária de Costa Pereira, que se lesionou a mais de meia hora do final, deixando o Benfica sem guarda-redes e reduzido a 10 elementos, numa altura em que ainda não havia substituições.
Com Germano na baliza, o Benfica, na quarta final da Taça dos Campeões Europeus em cinco anos, ainda tentou forçar, pelo menos, o prolongamento, mas a defesa italiana levou sempre a melhor, conseguindo mesmo parar Eusébio, que havia marcado nas duas anteriores finais que disputara.
Os “encarnados” voltavam, assim, a falhar o terceiro título, depois de um percurso que havia sido marcado pela goleada caseira imposta ao Real Madrid (5-1, na primeira mão dos quartos de final), com um “bis” do “Pantera Negra”, que em 1965 venceria a “Bola de Ouro” do “France Football”.
- Ficha do jogo:
27 de maio de 1965.
Estádio San Siro, em Milão, Itália.
Inter de Milão - Benfica, 1-0.
Ao intervalo: 1-0.
Marcador:
1-0, Jair da Costa, 42 minutos.
Equipas:
- Inter de Milão: Giuliano Sarti, Tarcisio Burgnich, Giacinto Facchetti, Gianfranco Bedin, Aristide Guarneri, Armando Picchi, Jair da Costa, Sandro Mazzola, Joaquin Peiró, Luis Suarez e Mario Corso.
Treinador: Helenio Herrera.
- Benfica: Costa Pereira, Domiciano Cavém, Raul Machado, Fernando Cruz, Germano Figueiredo, José Neto, Mário Coluna, José Augusto, José Torres, Eusébio da Silva Ferreira e António Simões.
Treinador: Elek Schwartz.
Árbitro: Gottfried Dienst (Suíça).
Assistência: 89.000 espetadores.