LE/Final: Chelsea disputa quinta final europeia, à procura do quarto título

Além da “Champions” de 2011/2012, os “bleus” ganharam duas edições da extinta Taça das Taças, em 1970/71 e 97/98, tendo perdido apenas a final da edição de 2007/2008 da principal prova europeia, provavelmente porque John Terry escorregou.

Caso conquiste a Liga Europa, a formação londrina torna-se a terceira a vencer, em anos consecutivos, duas competições diferentes, depois de AC Milan (1967/69), Liverpool (75/77), Juventus (83/85) e FC Porto (2002/2004).

A formação inglesa passará ainda a ser a quinta a ostentar os três troféus europeus, juntando-se a Juventus (duas Taças dos Campeões, uma Taça das Taças e três Taças UEFA), Ajax (4-1-1), FC Barcelona (4-4-3) e Bayern Munique (4-1-1).

Fundado em 10 de março de 1905, o Chelsea conquistou o seu primeiro êxito europeu em 1970/71, quando venceu o Real Madrid na final da Taça das Taças, num duelo resolvido apenas num jogo de repetição.

Em Atenas, a 19 de maio de 1971, os “bleus”, comandados por Dave Sexton, estiveram a vencer os “merengues”, com um tento de Peter Osgood, aos 56 minutos, mas, em cima da hora, Ignacio Zoco restabeleceu a igualdade.

Dois dias volvidos, no mesmo local, os londrinos conseguiram dois golos de vantagem, por intermédio de John Dempsey (31 minutos) e do mesmo Osgood (39), de nada valendo aos espanhóis o tento de Sebastian Fleitas (75).

Após esse sucesso, o Chelsea só logrou chegar a nova final 27 anos depois. Em 1997/98, os londrinos voltaram a vencer a mesma prova, desta vez numa final face ao Estugarda (1-0, em Estocolmo).

Sob o comando do jogador/treinador italiano Gianluca Vialli, que substituíra o holandês Ruud Gullit após as meias-finais, os londrinos ganharam por 1-0, graças a um tento do também transalpino Gianfranco Zola, aos 71 minutos.

Uma década volvida, e já em plena “era” Roman Abramovich, o Chelsea chegou à final da Liga dos Campeões em 2007/2008, sofrendo o primeiro desaire, face aos compatriotas do Manchester United, no desempate por grandes penalidades.

No Estádio Luzhniki, em Moscovo, o internacional luso Cristiano Ronaldo deu vantagem aos “red devils”, aos 26 minutos, mas, aos 45, Frank Lampard restabeleceu a igualdade, que se manteve inalterada até ao final do prolongamento.

Na “lotaria”, Ronaldo falhou o terceiro pontapé do United e, ao quinto do Chelsea, John Terry poderia ter dado o título aos “bleus”, só que escorregou e o seu remate saiu ao lado.

Depois, ao 14.º pontapé, o francês Nicolas Anelka não conseguiu bater o guarda-redes Edwin van der Sar e o Chelsea falhou o título, sob o comando do israelita Avram Grant, que havia substituído José Mourinho no início da temporada.

Na época passada, os londrinos pareciam bem menos fortes, mas acabaram por conquistar a “Champions”, ao serem, desta vez, felizes na “lotaria” da final, frente ao Bayern Munique, que disputou a final no seu Allianz Arena.

Os bávaros marcaram quase no final do tempo regulamentar, aos 83 minutos, por Thomas Muller, mas, aos 88, na sequência de um canto, o marfinense Didider Drogba levou o jogo para prolongamento, que não trouxe novidades.

No desempate, o espanhol Mata falhou a primeira tentativa dos “bleus”, mas os quatro seguintes marcaram (David Luiz, Lampard, Ashley Cole e Drogba), ao contrário dos dois últimos executantes do Bayern (Olic e Schweinsteiger), pelo que o Chelsea venceu por 4-3, num jogo arbitrado pelo português Pedro Proença.

O internacional luso Bosingwa jogou os 120 minutos no lado direito da defesa dos “bleus”, enquanto Paulo Ferreira não foi utilizado pelo italiano Roberto Di Matteo, que sucedera ao português André Villas-Boas (efetuou sete jogos) após a primeira mão dos “oitavos”.