As equipas “pequenas” venceram 11 de 45 finais da Taça de Portugal em futebol frente aos “grandes”, o Benfica, o FC Porto e o Sporting, que, em conjunto, conquistaram 55 de 72 edições da prova.
Os dois únicos clubes que roubaram campeonatos aos “grandes”, o Boavista (quatro) e o Belenenses (dois), somam mais de metade desses triunfos, sendo que Académica e Vitória de Setúbal também “bisaram”, enquanto o Leixões alcançou o outro triunfo.
Entre os cinco “pequenos” que conseguiram vencer finais face aos três principais clubes lusos, destaque claro para o Boavista, que venceu quatro de cinco finais e está em vantagem sobre os três.
A formação “axadrezada” perdeu uma vez com o Benfica (2-5 em 1992/93, na final de Paulo Futre, que “bisou”), mas venceu duas (2-1 em 1974/75, com tentos de João Alves e Mané, e 3-2 em 1996/97, com dois golos de Sanchez e um de Nuno Gomes).
Face a Sporting e FC Porto, o Boavista jogou uma final com cada, vencendo os “leões” em 1978/79, num segundo jogo, graças a um tento solitário de Júlio, e os “dragões” em 1991/92, por 2-1, com tentos de Marlon Brandão e Ricky.
Por seu lado, o Belenenses ganhou ao Sporting em 1959/60, por 2-1, com tentos de António Carvalho e Matateu, e superou o Benfica em 1988/89, com um triunfo por 2-1, selado por Chico Faria e Juanico.
O conjunto do Restelo está, porém, em desvantagem face aos seus dois conterrâneos, pois perdeu duas finais com as “águias” e três face aos “leões”.
Quanto ao Vitória de Setúbal, ganhou duas de quatro finais com o Benfica, por 3-1 em 1964/65 e, mais recentemente, 2-1 em 2004/05, mas tem um balanço de 2-6 face aos “grandes”, pois perdeu duas com o Sporting e outros tantas com o FC Porto.
No que respeita a triunfos de “pequenos” face a “grandes”, a Académica foi a primeira e, até agora, a última equipa a consegui-lo: 4-3 ao Benfica na final da primeira edição e 1-0 ao Sporting na mais recente, graças a um tento de Marinho.
A “Briosa” ainda jogou mais duas finais com o clube da Luz, tendo perdido por 5-1 em 1950/51 e por 2-1 em 1968/69, num embate que ficou marcado por intensas manifestações estudantis.
A outra equipa que “enganou” os “grandes” foi o Leixões, que conseguiu vencer o FC Porto por 2-0 em 1960/61, em pleno Estádio das Antas, com golos de Osvaldo Silva e Manuel Oliveira. Em 2001/02, perdeu por 1-0 com o Sporting.
O Vitória de Guimarães vai tentar tornar-se o sexto clube a bater os “grandes” em finais da Taça de Portugal e a protagonizar a 12.ª surpresa, depois de já ter falhado em três ocasiões: 0-4 com o Sporting em 1962/63 e 0-1 e 2-6 com o FC Porto, em 1987/88 e 2010/11, respetivamente.
Os minhotos são, aliás, a equipa com mais finais perdidas, entre as que nunca conquistaram o troféu: têm um balanço de 0-5, pois também caíram face ao Belenenses (0-2 em 1941/42) e ao Boavista (1-2 em 1975/76).
Quanto ao Benfica, o recordista de triunfos na prova (24), venceu 10 de 16 finais com equipas “pequenas”, tendo perdido uma de duas com Académica e Belenenses, duas de três com o Boavista e duas de quatro com o Vitória de Setúbal.
Os “encarnados” também conquistaram a prova após finais com Estoril, Atlético e Sporting da Covilhã.
Os 11 triunfos de “pequenos” sobre “grandes” em finais:
1938/39 ACADÉMICA Benfica 4-3
1959/60 BELENENSES Sporting 2-1
1960/61 LEIXÕES FC Porto 2-0
1964/65 VITÓRIA SETÚBAL Benfica 3-1
1974/75 BOAVISTA Benfica 2-1
1978/79 BOAVISTA Sporting 1-1ap, 1-0
1988/89 BELENENSES Benfica 2-1
1991/92 BOAVISTA FC Porto 2-1
1996/97 BOAVISTA Benfica 3-2
2004/05 VITÓRIA SETÚBAL Benfica 2-1
2011/12 ACADÉMICA Sporting 1-0