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Cristiano Ronaldo ainda acredita na qualificação direta para o Mundial

O avançado Cristiano Ronaldo recusa abdicar da qualificação direta para o Mundial2014 de futebol, mas reconheceu hoje que as baixas na seleção portuguesa podem dificultar a tarefa de vencer na sexta-feira a congénere de Israel.

Apesar de observar que Portugal está dependente de um deslize da Rússia, líder do grupo F europeu de qualificação, com um ponto de vantagem sobre a equipa lusa, o "capitão" da seleção nacional não se resigna à perspetiva de terminar em segundo lugar e rejeita pensar nos possíveis adversários nos "play-off" de acesso à fase final.

"Sinceramente não [pensa nos "play-off"]. O ‘mister’ Paulo Bento sim, mas eu não. Ainda estou convencido que podemos passar em primeiro lugar, apesar de sabermos que não depende apenas de nós. Estamos concentrados nestes dois jogos e depois se verá", disse Cristiano Ronaldo, em Óbidos, antecipando a partida com Israel e com o Luxemburgo, quatro dias mais tarde.

O jogador mais influente da seleção portuguesa lembrou que "o auge de uma seleção é jogar um Europeu ou um Mundial", mas avisou que "ainda é cedo" para pensar na fase final, que se vai realizar no Brasil, desdramatizando a eventualidade de a "equipa das quinas" se ver na contingência de jogar os "play-off".

"Portugal nos últimos anos tem vindo pela mesma situação. Este ano o cenário é o mesmo", assinalou Cristiano Ronaldo, defendendo que a seleção lusa "é mais forte, mas terá de o mostrar em campo", perante um adversário que ainda tem possibilidade de lutar com Portugal pelo segundo lugar do agrupamento.

O jogador do Real Madrid não esqueceu a forma como Portugal empatou 3-3 em Telavive há menos de seis meses, num jogo em que esteve a perder por 3-1 e só conseguiu assegurar um ponto com um golo do defesa Fábio Coentrão em período de compensação, advertindo que Israel "ainda não atirou a toalha ao tapete".

Fábio Coentrão, suspenso por um jogo, é uma das cinco baixas para o encontro de sexta-feira, no Estádio José Alvalade, em conjunto com os defesas João Pereira e Bruno Alves, ambos lesionados, o que vai obrigar o selecionador Paulo Bento a reformular o setor mais recuado, e os avançados Hélder Postiga, também suspenso, e Vieirinha, devido a lesão.

"Temos uma base que já tem algum tempo e quando essa base é quebrada acaba sempre por modificar o sistema de jogo, mas isso não será o fator mais importante. São baixas importantes, mas isso não nos afetará porque os jogadores que estão cá querem jogar e dar o seu melhor", sustentou.

Mesmo com muitas ausências entre os habituais titulares, Cristiano Ronaldo considerou que o valor da equipa nacional e o facto de jogar em casa dá "garantias de ganhar" os dois jogos, se possível com a ajuda do avançado, que já marcou 43 golos internacionais, estando a apenas quatro do recordista Pauleta (47).

"Não coloco pressão a mim mesmo e as coisas vão acontecer normalmente. Se for eu marcar será bom, mas o mais importante é a seleção ganhar a apurar-se para Mundial", argumentou Cristiano Ronaldo, que hoje chegou do treino matinal com um saco de gelo a envolver a coxa, mas apenas como medida de precaução, conforme explicou.

O "hat-trick" na Irlanda do Norte, onde Portugal venceu por 4-2, permitiu-lhe ultrapassar os 41 golos de Eusébio e tornar-se o segundo melhor marcador da história da seleção, o que levou o "pantera negra" a argumentar que os números entre ambos são incomparáveis, pois tem apenas 64 jogos coma camisola das quinas, contra 106 de Cristiano Ronaldo.

"Não vale a pena entrar por esses caminhos. Os recordes têm de ser batidos e não há que ficar triste. É normal que as pessoas comparem. Mas ele continuará a estar lá em cima", assinalou.

Cristiano Ronaldo comemorou recentemente 10 anos desde a estreia internacional, a 20 de agosto de 2003, num jogo particular frente ao Cazaquistão (vitória de Portugal, por 1-0), realizado em Chaves, pela mão do treinador brasileiro Luiz Felipe Scolari, substituindo Luís Figo após o intervalo.

"Comecei com 18 e já passarem 10 anos. Parece que foi ontem. Mas a minha alegria de representar o país é a mesma. O que quero é tentar fazer mais 100 [internacionalizações]", confessou o "capitão" da equipa nacional.

Portugal ocupa a segunda posição do grupo F, com menos um ponto do que a Rússia, e está dependente de um deslize da líder nos confrontos com o Luxemburgo e o Azerbaijão para poder vencer a "poule" e assegurar o apuramento direto, mas, em primeiro lugar, necessita de confirmar o segundo posto e a consequente presença nos "play-offs" de acesso à fase final.

A seleção das “quinas” defronta Israel na sexta-feira, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, em jogo com início às 20:45 horas e arbitragem do norueguês Tom Harald Hagen, fechando a participação no grupo F europeu de qualificação frente ao Luxemburgo, na terça-feira seguinte, no Estádio Cidade de Coimbra, em encontro marcado para as 18:00 e que será dirigido pelo árbitro turco Bülent Yildirim.

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