Liga Campeões: FC Porto empata (1-1) com o Zenit e mantém-se na corrida

Ao golo do argentino Lucho González, marcado aos 23 minutos, “respondeu” o brasileiro Hulk, ex-FC Porto, cinco minutos depois, aproveitando uma falha coletiva da defesa e fixando um desfecho favorável à equipa russa, que se mantém no segundo lugar do Grupo G, agora com cinco pontos, mais um do que os portistas.

A equipa de Paulo Fonseca, que no primeiro período, apesar do “contratempo” do golo sofrido, esteve sempre perto da baliza do Zenit, mostrou menos clarividência após o intervalo, com mérito para a tática imposta pelos russos, à qual Paulo Fonseca só respondeu no último quarto de hora.

O Zenit, com o português Danny em campo (mas substituído, por lesão, antes da meia hora de jogo) e Luís Neto no banco, teve no brasileiro Hulk, mais uma vez, o “carrasco” dos portistas, tendo em conta que foi dos seus pés que "nasceu" o lance de golo de Kerzhakov no jogo no Porto, há duas semanas.

Mas o ex-portista podia ter sido mais “duro” a castigar a antiga equipa, não tivesse falhado uma grande penalidade, já no segundo tempo, marcada de forma muito denunciada, não tendo conseguido enganar Helton.

De início, Paulo Fonseca apostou na titularidade de Defour no meio terreno e na de Josué para tarefas mais ofensivas, ao contrário do que fez frente ao Belenenses, quando contou com Ricardo para essas funções.

Desde o primeiro minuto que o FC Porto impôs o ritmo, com algum consentimento dos anfitriões, conseguindo várias situações de apuro junto da área contrária, nomeadamente através dos pontapés de meia distância de Josué (cinco minutos) e Danilo (oito).

A atitude ofensiva dos “dragões” foi recompensada aos 23 minutos, quando Lucho González desviou com sucesso, de cabeça, um cruzamento de Danilo, desde a direita.

Mas a vantagem portista durou apenas cinco minutos, não por reação do coletivo adversário, mas por intervenção super-sónica de Hulk, que aproveitou a descoordenação de Mangala, Alex Sandro e Helton, aproveitando uma bola perdida no coração da área para empatar.

O FC Porto voltou a assumir o comando da partida, mas só aos 44 minutos voltou a estar perto do golo, quando Jackson Martinez, de cabeça, obrigou Lodygin a defesa apertada.

Os portistas não entraram com o mesmo fulgor no segundo tempo, para o que contribuiu o facto de o Zenit não ter “baixado” o bloco defensivo, o que provocou dificuldades na saída dos “dragões” para o ataque.

Num desses lances, um passe errado resultou em nova jogada de perigo dos russos, na sequência da qual Otamendi cortou a bola com o braço dentro da área. Mas Hulk, chamado ao pontapé decisivo, rematou fraco e Helton defendeu o penálti.

Com o jogo muito mitigado na intermediária, longos minutos passaram até nova oportunidade de golo portista, desta vez graças a um potente remate de do colombiano Jackson Martinez (69), ao qual se opôs com excelente defesa o guardião russo.

Entretanto, já Luciano Spalletti tinha refrescado o seu meio-campo, com a troca de Shirokov por Arshavin, e pertenceu ao internacional russo, aos 73 minutos, a melhor oportunidade do segundo tempo, mas Helton redimiu-se da falha no lance de golo e impediu o 2-1.

Apenas aos 76 minutos Paulo Fonseca entendeu mexer na equipa e trocou Josué por Licá. Mas o Zenit manteve o controlo dos acontecimentos e esteve sempre mais perto da área de Helton.

A quatro minutos do final, Paulo Fonseca sentiu necessidade de mexer na estrutura e trocou o médio Lucho González pelo avançado Ghilas, mas o argelino quase não tocou na bola, a exemplo do que aconteceu no sábado, frente ao Belenenses.

Já nos derradeiros minutos do encontro, após um lance em que Hulk ficou a reclamar penálti de Mangala, Varela ainda rematou para grande defesa de Lodygin.