O Sporting é a revelação da Liga de futebol 2013/14, ao alcançar a 14.ª jornada em primeiro lugar, com os mesmos pontos dos seus rivais, depois de ter feito a pior época da sua história.
As estatísticas falam por si: a equipa "leonina" soma 33 pontos à 14.ª jornada, mais 18 do que na época passada, à mesma jornada – era oitavo classificado com 15 pontos, os mesmos do nono (Nacional) e décimo (Marítimo) – e 33 golos marcados e nove sofridos, mais 20 marcados e menos sete consentidos do que na Liga 2012/13.
É preciso recuar 29 anos, até à distante época 1984/85, para registar 33 golos marcados pelo Sporting à 14.ª jornada – no final da Liga 2012/13 somava um total de 36 golos –, o que confere uma média de 2,4 golos marcados por jogo, enquanto a média de golos sofridos nas primeiras 14 jornadas é de 0,6 por jogo.
Os 33 golos tornam o ataque do Sporting o mais realizador do campeonato – o do FC Porto é o que mais se aproxima, com 29 – e os nove golos sofridos fazem da defesa a menos batida, a par dos campeões nacionais.
A equipa "leonina", que ficou em sétimo lugar na Liga 2012/13, a pior classificação da sua história, não liderava o campeonato, ao fim da 13.ª jornada, desde a época de 1989/90.
O “milagre” deveu-se a vários fatores, à cabeça dos quais a feliz aposta do presidente Bruno de Carvalho no treinador Leonardo Jardim, cujo trabalho tem sido notável em função dos “frutos” obtidos em tão curto espaço de tempo, à reorganização interna do futebol, com a criação de uma estrutura profissional, ao acerto nas contratações e à dispensa de vários elementos pagos a “peso de ouro” de fraco rendimento desportivo e inadaptados ao clube.
De resto, as melhorias na produtividade da equipa foram logo notórias nos jogos da pré-época e no de abertura do campeonato, quando o Sporting goleou o Arouca por 5-1, e crescendo jornada após jornada, com a confiança e a motivação que as vitórias reforçavam.
A verdade é que o Sporting foi superando os adversários e dando sinais de uma consistência surpreendente, quando toda a gente esperava que quebrasse, ao mesmo tempo que tirava partido da carreira irregular dos rivais FC Porto e Benfica.
Por outro lado, os jogadores, a maioria dos quais jovens oriundos da formação, com grande margem de progressão, foram beneficiando da menor pressão que sobre eles recaía, decorrente das baixas expectativas em redor da equipa e do discurso oficial do clube de não assunção de uma candidatura ao título, para demonstrarem a sua qualidade e capacidade.
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