O ex-futebolista António Simões defendeu hoje que a perda de Eusébio é "uma morte irremediável", além de ser, em termos particulares, o óbito do seu "irmão de todas as cores".
"Eusébio teve a cortesia de me chamar `o seu irmão branco´. Eu agora retribuo-lhe, dizendo que ele é o meu irmão de todas as cores: do carinho, do amor, da ternura, da solidariedade. Quando a amizade é grande, não tem côr", acentuou à agência Lusa o ex-extremo esquerdo do Benfica, que foi dos jogadores que mais vezes alinhou ao lado do "pantera negra".
Simões enalteceu a "cumplicidade única" que tinha com Eusébio, admitindo que "não estava à espera" da morte do seu antigo companheiro de equipa, apesar de saber do seu estado de saúde debilitado.
"Há pouco tempo, eu disse-lhe: não tenhas pressa, espera por mim. Tu tens de ser o último da tua geração, não o primeiro. Deixa-me ir primeiro. A morte de Eusébio é uma perda extraordinária, é uma perda irremediável. Não vamos ter outro", concluiu o ex-avançado do Benfica.