O cirurgião português José Carlos Noronha, que vai operar o colombiano Radamel Falcao, admite uma pequena possibilidade de o futebolista estar no Mundial2014, apesar da gravidade da lesão.
“A força de vontade é importante, mas só temos cinco meses, estamos no limite. Temos de ver”, começou por dizer à agência Efe o clínico, considerado um dos maiores especialistas em lesões no ligamento cruzado.
José Carlos Noronha assegurou que o avançado do Mónaco está “animado” e comparou a situação de Falcao à do defesa internacional português Pepe, que sofreu a mesma lesão em dezembro de 2009 e esteve no Mundial de 2010, na África do Sul.
O central do Real Madrid demorou cinco meses e dez dias a regressar aos treinos com o resto do grupo, mas o antigo avançado de FC Porto e Atlético Madrid conta com menos tempo, já que faltam apenas quatro meses e 20 dias para que se inicie, a 13 de junho, o Mundial no Brasil.
O médico explicou que na operação, prevista para a manhã de sábado, vai optar por um enxerto de tendão rotuliano, a mesma técnica que utilizou em Pepe ou no médio brasileiro Anderson, emprestado à Fiorentina pelo Manchester United.
José Carlos Noronha considerou que Falcao está “mentalizado” para todo o processo que tem pela frente e recordou que o aspeto psicológico é fundamental no momento de tratar este tipo de lesão.
“Não vamos ter problemas com ele, porque o Falcao é um futebolista muito cooperante. Sobre o ligamento, que é a parte importante, veremos como evolui com o passar das semanas”, referiu.
O médico disse ainda que os primeiros momentos de recuperação vão decorrer no Porto, durante duas ou três semanas, e que após isso Falcao vai regressar ao seu clube para continuar a reabilitação.
A lesão do jogador, que ocorreu na quarta-feira em jogo da Taça de França, suscitou uma onda de reações um pouco por todo o Mundo, mas em especial na Colômbia, onde é considerado o maior ídolo da seleção.
Em declarações nas redes sociais, o ex-avançado do FC Porto disse que “a esperança tem o tamanho de um grão de mostarda” quanto à possibilidade de estar no Mundial, mas que ainda a têm porque “Deus torna possível o improvável”.