Liga Zon Sagres: Olhanense – Gil Vicente (Declarações)

Giuseppe Galderisi (Treinador do Olhanense):
"São três pontos de ouro. Pelo sacrifício, pela convicção, pelo suor e pela união que os jogadores demonstraram. Antes do jogo, prometemos a nós próprios que ganharíamos o jogo. Apesar dos 45 minutos em inferioridade numérica, não tivemos medo de nada, porque o trabalho durante a semana era bom e ia dar frutos.

Fiquei irritado [com a expulsão de Obodo]. Porque tínhamos preparado a equipa muito bem e essa expulsão obrigou a várias mudanças táticas. Mas havia a convicção de que íamos ganhar o jogo. Falei com o João de Deus e ele disse-me que Obodo teve uma reação negativa. Estou seguro de que foi o Hugo Vieira quem começou e depois o Obodo reagiu, mas não faz sentido falar mais disso.

Encontrámos a confiança antes do jogo com o Marítimo e ela foi crescendo nos restantes jogos. O que me agrada é o coração dos jogadores, todos eles são importantes e hoje foi uma demonstração disso mesmo. Não se fazem boas partidas como as que fizemos se não tivermos uma equipa unida.

O melhor desempenho ainda está para vir. Trabalho todos os dias pelos meus jogadores e pelos adeptos. E hoje, quando vi as bancadas cheias, ainda me deu mais força. Eu, o meu ‘staff’, os jogadores e todos os que trabalham no clube dedicamos a vitória aos adeptos. No próximo jogo, queremos ver o dobro dos adeptos que aqui estiveram hoje."

João de Deus (Treinador do Gil Vicente):
"Tivemos claramente mais domínio. Tivemos mais bola, com um a mais, mas não jogámos à velocidade que deveríamos. Na segunda parte, retificámos e jogámos mais rápido e depois tivemos a situação do penálti que deixa as duas equipas com dez jogadores.

Aí, fomos claramente melhores em virtude das alterações introduzidas na equipa, chegámos bem ao golo do empate e continuámos por cima do jogo. No fim, com uma situação de transição, para a qual os jogadores estavam alertados, acabámos por sofrer o segundo golo.

[16 jogos sem ganhar...] Sim, vocês sabem, eu também sei. Claro que preocupa e queremos voltar a vencer.

O lugar de treinador está sempre em perigo. Quando não se ganha é normal, todos temos consciência dessa situação. Não estamos satisfeitos.

Motivação [para continuar] sim, é a minha profissão e o que gosto de fazer, condições também tenho: continuamos acima da linha de água, obviamente que não tão confortáveis como há algumas semanas.

Houve um conjunto de situações que acabam por nos levar a esta situação. Vocês sabem o que se passou no passado. Hoje, na jogada antes do penálti, atirámos uma bola à barra. Quando empatámos, com dez, estivemos por cima e acabámos por sofrer quando podíamos ter chegado ao golo da vantagem. São momentos tristes que vamos ter de ultrapassar."