Comentário: Olhanense e Nacional empatam em jogo equilibrado

A equipa algarvia esteve melhor na primeira parte, mas viu o Nacional inaugurar o marcador, pelo recém-entrado Mario Rondon (39 minutos), empatando três minutos depois, por Dionisi, de grande penalidade, enquanto o Nacional dominou mais no segundo tempo, desperdiçando várias ocasiões.

O Nacional, que não ganha há seis jogos, vai manter o quinto lugar da prova, com 35 pontos, e o Olhanense abandonou o último lugar, à condição - o Belenenses joga mais tarde com o FC Porto -, ocupando o 15.º posto, com 18 pontos.

Com sete baixas para este jogo, Giuseppe Galderisi inovou no sistema tático (4-4-2 com o meio-campo em losango), enquanto Manuel Machado apostou no 4-3-3 como base, com constantes variações no ataque, consoante o que as diferentes fases do jogo pediam.

Depois de uma fase de estudo inicial que não demorou mais de dez minutos, o Olhanense, a precisar de pontos para se libertar dos últimos lugares da tabela, começou a impor a sua vontade, saindo com vontade e determinação pelas alas para criar perigo junto da baliza de Gottardi.

O ascendente algarvio foi-se intensificando, com Paulo Regula (19), Diakhite (31) e Vojtus (32) a disporem de boas ocasiões, mas somando remates para fora, sem obrigar o brasileiro Gottardi a grande trabalho.

Descontente com o rumo do jogo e vendo a sua equipa muito "apagada", apesar de Diego Barcelos ter falhado um golo em boa posição (20) na melhor hipótese dos madeirenses, Manuel Machado não esperou pelo intervalo para mexer no conjunto, apostando em mais um dianteiro.

O ponta de lança Mário Rondon entrou para o lugar do médio Claudemir, aos 36 minutos, e a substituição teve efeitos imediatos: três minutos depois, o dianteiro venezuelano inaugurou o marcador, ao corresponder de cabeça a um centro atrasado de Gomaa, que tinha deixado Lucas Souza para trás.

A resposta algarvia demorou dois minutos: Dionisi sofreu falta de Zainadine na área e converteu a respetiva grande penalidade, levando o jogo novamente empatado para o descanso.

Manuel Machado já tinha mexido na equipa e, no balneário, ainda deu mais indicações, tanto que o Nacional dispôs de três grandes ocasiões em menos de dez minutos, obrigando Belec a suster as tentativas de Marçal (47), Aly Ghazal (52) e Mario Rondon (54).

O último lance despertou um "adormecido" Olhanense, que, aos 64 minutos, esteve perto de se colocar em vantagem: Dionisi isolou Vojtus, mas o eslovaco, com tempo para tudo, não fez melhor do que um remate ao lado.

O jogo foi baixando de ritmo, mas até ao apito final foi o Nacional que controlou a partida e procurou mais a vitória, face a um Olhanense que quebrou fisicamente e agradeceu o empate ao guardião esloveno Belec, que aos 85 minutos somou nova boa defesa, a remate de Mario Rondon.