loading

Mundial-1938: Itália primeira a "bisar" e a vencer fora

A Itália voltou a dar-se bem com o sistema a eliminar e revalidou o título Mundial de futebol em 1938, na vizinha França, entrando também para a história como a primeira seleção “forasteira” a vencer a prova.

Mundial-1938: Itália primeira a "bisar" e a vencer fora

Face ao clima angustiante que se vivia na Europa, onde se faziam os últimos esforços em prol da Paz, muitas equipas do “velho continente” não compareceram, entre elas a Áustria, anexada pela Alemanha do ditador Adolf Hitler.

A Hungria era apontada como a grande favorita, mas a Itália, detentora dos títulos mundial (1934) e olímpico (1936), acabou por justificar a conquista do cetro, assegurado precisamente frente aos magiares, numa final que os italianos venceram por 4-2.

Apesar de não ter a simpatia popular, por questões políticas, a formação novamente comandada por Vittorio Pozzo realizou um percurso perfeito, com quatro vitórias em outros tantos jogos.

Silvio Piola (cinco golos) e Gino Colaussi (quatro golos) foram os melhores marcadores dos transalpinos, formação em que o “capitão” Giuseppe Meazza, considerado o melhor futebolista italiano de “todos os tempos”, voltou a ser fundamental.

O trajeto rumo ao “bis” não foi fácil, com a Itália, que introduziu taticamente o “catenaccio”, um sistema baseado na defesa, a ultrapassar a Noruega, nos “oitavos”, apenas no prolongamento (2-1), graças a um golo de Piola, aos 94 minutos.

Nos quartos de final, a Itália acabou com a ilusão da França em manter o pleno dos anfitriões, ao vencer por 3-1, com dois golos de Piola na segunda metade e, nas ”meias”, a vítima foi o Brasil, que perdeu por 2-1, mas só marcou a três minutos do fim.

Finalmente, no jogo de atribuição do título, Colaussi, que já tinha inaugurado o marcador nos dois jogos anteriores, colocou cedo (cinco minutos) a Itália na frente, mas Pal Titkos restabeleceu a igualdade pouco depois (sete).

Ainda na primeira parte, Piola (16 minutos) e Colaussi (35) sentenciaram praticamente o “bis” italiano, que ainda foi colocado em perigo por Sarosi (70). O “intratável” Piola resolveu de vez a questão a oito minutos do fim, ao selar o 4-2.

Como em 1934, a prova voltou a ser dominada pelas seleções europeias - em grande maioria na fase final (12 de 15) –, com o Brasil a ser exceção: acabou em terceiro, num trajeto iniciado com um “alucinante” jogo face à Polónia.

Em Estrasburgo, a 05 de junho, os “canarinhos” venceram por 6-5, após prolongamento, num jogo em que o polaco Ernst Wilimowski apontou quatro tentos e o brasileiro Leónidas três, dois deles nos decisivos 30 minutos extra, atingidos com 4-4.

Com o “hat-trick”, o “Diamante Negro” embalou para um Mundial em “grande”: marcou mais dois à Checoslováquia, em dois jogos, e dois à Suécia, estes no jogo do “bronze” - conquistado pelo Brasil (4-2) -, terminando como o “rei” dos goleadores (sete).

A fase final, que, como quatro anos antes, voltou a não contar com a presença do Uruguai (campeão em 1930), desenrolou-se de 04 a 19 de junho, em nove cidades - Paris, Bordéus, Marselha, Toulouse, Antibes, Le Havre, Lille, Reims e Estrasburgo.

No que respeita a golos, a terceira edição, que contou com 18 jogos, estabeleceu um novo recorde, tanto em termos absolutos (84, contra os 70 de 1930 e 1934), como no que respeita à média de tentos por encontro (4,66 contra os 4,11 de 1934).

Confira aqui tudo sobre a competição.

Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.

Relacionadas

Para si

Na Primeira Página

Últimas Notícias

Notícias Mais vistas

Sondagem

Roger Schmidt tem condições para continuar no Benfica?