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Mundial-1966: Nove golos de Eusébio levaram estreante Portugal ao pódio

A imensa inspiração de Eusébio da Silva Ferreira, melhor jogador e “rei” dos marcadores da prova, com nove golos em seis jogos, valeu à estreante seleção portuguesa de futebol um brilhante terceiro lugar no Mundial de 1966.

Mundial-1966: Nove golos de Eusébio levaram estreante Portugal ao pódio

Em Inglaterra, o "Pantera negra", então com 24 anos, esteve fantástico, não conseguindo apenas que Portugal derrubasse a seleção anfitriã, nas meias-finais (1-2), saindo em lágrimas após o único encontro que os "magriços" não venceram.

Antes do jogo que acabou com o sonho luso, Eusébio já havia entrado para a “lenda”, pelo “bis” ao bicampeão em título Brasil (3-1, na primeira fase), mas, sobretudo, pelo “póquer” à Coreia do Norte, que virou um 0-3 em 4-3. Acabou 5-3.

O jogador do Benfica, falecido no passado dia 05 de janeiro, ainda marcou à Bulgária (3-0) e, depois de um tento aos ingleses, fechou a sua participação com novo golo, o nono, face à União Soviética, num triunfo por 2-1 que valeu o terceiro lugar.

Portugal deve o ainda inédito “bronze” ao jogador de origem moçambicana, que só não marcou na estreia (3-1 à Hungria), bem como a qualificação, a primeira de sempre para uma fase final: marcou sete dos nove tentos lusos, dois deles determinantes, na Checoslováquia e Turquia.

Na fase final, José Torres e José Augusto (ambos autores de três golos) e o pequeno António Simões, que marcou de cabeça ao Brasil, foram os importantes apoios de Eusébio no quarteto ofensivo, bem resguardado pelo "patrão" Coluna e Jaime Graça, este último o único que – ainda - não alinhava no Benfica.

A prova começou com um triunfo por 3-1 sobre a Hungria, jogo em que brilhou José Augusto, com um "bis", mas em que foi preciso sofrer até final, já que o tento da tranquilidade, apontado pelo “gigante” Torres, só apareceu a acabar.

No segundo jogo da fase de grupos, frente à Bulgária (3-0), Eusébio estreou-se a marcar, em mais um jogo em que foi Torres a fechar a contagem, e, a acabar a primeira fase, o “Pantera Negra” teve o seu primeiro grande jogo, ao "bisar" e afastar o Brasil (3-1), que tinha Pelé tocado e Garrincha no banco.

Tudo corria de feição, até que chegaram os quartos de final e uma Coreia de Norte que, poucos dias depois de ter "arrumado" a Itália (1-0), chegou aos 25 minutos a vencer por inapeláveis três golos sem resposta.

Os comandados de Manuel da Luz Afonso (selecionador) e Otto Glória (treinador) pareciam “perdidos”, mas, com dois tentos ainda antes do intervalo, o segundo de penálti, Eusébio manteve Portugal na corrida às “meias”.

Na segunda parte, o "intratável" avançado do Benfica empatou o jogo, aos 56 minutos, e, aos 59, apontou o seu quarto golo, ao converter nova grande penalidade, por si conquistado, depois de um arranque só detido à “enésima” falta.

Os "magriços" tinham conseguido a reviravolta e acabaram por sentenciar aos 80 minutos, quando José Augusto estabeleceu o 5-3 final: Portugal e, sobretudo, Eusébio tinham acabado de entrar na lenda, escrevendo um dos grandes episódios dos Mundiais.

Nas meias-finais, transferidas à última hora de Liverpool para Londres, num “golpe” dos anfitriões, a Inglaterra acabou com o "sonho" de Eusébio, que marcou mais um tento, de grande penalidade, mas após um penalizador "bis" de Bobby Charlton.

Depois de ter "maravilhado", Eusébio não aguentou o facto de Portugal ter perdido a possibilidade única de disputar a final e "desfez-se" em lágrimas, em imagens que correram Mundo: mais do que ninguém, merecia a final, o título.

Como consolação, Portugal conquistou, dois dias volvidos, o terceiro posto, ainda a melhor classificação de sempre: frente à União Soviética, os "magriços" venceram por 2-1, com Eusébio a bater Lev Yashin aos 12 minutos, de grande penalidade, e Torres a selar o triunfo, aos 89.

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