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O antigo futebolista António Simões considerou, em declarações à agência Lusa, que o avançado Nani deveria assumir o papel de número dois na seleção portuguesa, atrás de Cristiano Ronaldo.
“Primeiro há o Cristiano e, logo a seguir, até mesmo para aliviar o Cristiano, o Nani devia assumir esse estatuto: ‘depois do Cristiano eu sou o melhor’. Mas não tem acontecido isso. O Nani não tem conseguido corresponder a isso”, disse.
António Simões, um dos “magriços” que levaram Portugal ao terceiro lugar no Mundial de 1966, admite que em 2014, no Brasil, vai ser mais difícil para Nani brilhar, “porque não tem jogado” e não se sabe como vai estar no Mundial.
“Tenho imensa pena, porque é um desperdício de talento. O próprio Nani tem de perceber que esta é a sua última oportunidade, não há outra. Daqui a quatro anos, não me parece que esteja em condições de o fazer. Oxalá esteja recuperado fisicamente, tecnicamente e, sobretudo, mentalmente, para poder ajudar na primeira instância o Cristiano e depois a equipa”, salientou.
O antigo extremo lembrou ainda a dispensa, devido a lesão, de Nani a poucos dias do início do Mundial de 2010, realizado na África do Sul.
“Tive imensa pena quando se lesionou, nas vésperas da partida para a África do Sul, porque estava num momento exuberante, num momento fantástico. Era o que a seleção precisava naquele momento”, lamentou.
Nani apenas disputou 11 jogos e esteve em campo menos de 600 minutos na edição 2013/14 da Premier League, mas, apesar disso, esteve sempre nos eleitos de Paulo Bento.
