O guarda-redes Ricardo assumiu hoje a inexistência de qualquer relação com o antigo companheiro na seleção portuguesa de futebol Vítor Baía, que ficou de fora do Euro2004 por opção de Scolari.
“É uma relação zero, porque nunca fomos colegas, além da seleção nacional. E hoje em dia, eu continuo a minha carreira, ainda estou no ativo. A relação é de ex-companheiros de seleção”, afirmou Ricardo, em entrevista à agência Lusa.
Em 2004, Vítor Baía tinha acabado de se sagrar campeão europeu pelo FC Porto mas não foi sequer convocado para o Campeonato da Europa, uma vez que o selecionador sempre teve em Ricardo a sua principal opção.
Uma década depois, Ricardo considera não ter sentido nenhuma confiança especial do brasileiro Luiz Felipe Scolari em si e que foi apenas mais um membro do grupo.
“Os treinadores escolhem o seu grupo de trabalho. A nós, compete-nos dar o nosso melhor e estar ao serviço da seleção nacional, que é o meu maior orgulho”, frisou o guarda-redes, que vestiu a camisola das “quinas” em 79 ocasiões.
Ricardo elegeu os aspetos “emocionais, psicológicos e motivacionais” como as principais virtudes do atual selecionador do Brasil, lembrando o mérito que Scolari teve na mudança de mentalidade dos portugueses, concretamente na promoção do “carinho e devoção à sua seleção, ao seu símbolo nacional, à sua bandeira”.
O desempenho de Ricardo foi contestado pela forma como agiu no golo que deu o triunfo à Grécia, algo que o guarda-redes encara com normalidade.
“É natural. Nós não podemos fazer depois aquilo que temos de fazer na hora. É um lance precedido de falta e isso é normal. (…) Com isso, convivemos muito bem”, concluiu.