Em entrevista ao jornal 'O Jogo', o vice-presidente do FC Porto, Vítor Baía, abordou diversos temas, desde o mercado de transferências de janeiro até às eleições no clube, passando pelas questões disciplinares relacionadas com jogadores como David Carmo.
Vítor Baía destacou as dificuldades do mercado de inverno, classificando-o como 'muito ingrato'. O dirigente portista afirmou que o clube já tem análises feitas e alvos definidos, mas admitiu as complexidades e a competitividade para garantir reforços.
Baía assegurou que, caso não seja possível contratar, a equipa comandada por Sérgio Conceição enfrentará os desafios com o atual plantel, destacando a confiança na qualidade dos jogadores disponíveis.
"É muito difícil de gerir os ativos porque estão todos nos seus clubes e os bons têm o seu preço. Temos a análise feita, os alvos definidos e vamos ver se é possível reforçar a equipa", começou por dizer o antigo internacional português, citado pela 'Rádio Renascença'.
"Se não for possível é com estes jogadores que vamos para a guerra e não temos medo nenhum"
Sobre Gonçalo Borges, central promovido por Conceição à equipa principal dos dragões, o vice-presidente dos azuis e brancos confirmou que o jogador 'não deixará o clube em janeiro'.
Quanto ao caso de David Carmo, Baía explicou que a despromoção à equipa B, comandada por António Folha, está relacionado com regras internas do clube, dinâmica de grupo e situações específicas no balneário.
"Tem que ver com as regras internas do clube, do grupo de trabalho, do próprio treinador, do modus operandi do dia a dia", observou o dirigente.
"Carmo está num contexto de competição, embora na equipa B, mas é um ativo que temos de prezar, de cuidar e ver o que iremos fazer até ao final do mês", explica.
Quando questionado sobre a possibilidade de ser o sucessor de Pinto da Costa, Baía afirmou que essa hipótese foi discutida, mas reiterou o seu apoio a Pinto da Costa nas próximas eleições.
"Disse ao meu presidente que estaria com ele até ao fim, que não passava pelos meus objetivos e pela minha cabeça deixar de estar com ele"
Vítor Baía também comentou a primeira volta do campeonato, expressando descontentamento com as arbitragens que, na sua opinião, têm prejudicado o FC Porto.
Utilizando o exemplo de um lance envolvendo Di María, extremo argentino do rival Benfica, Baía destacou a disparidade no tratamento mediático comparativamente aos rivais e a falta de visibilidade dada a certas situações controversas.
"Se fosse o nosso capitão, o Pepe, a colocar a cabeça em frente à testa de um auxiliar, como aconteceu, estava tudo tramado. Eram primeiras páginas e quase irradiado", acrescentou Baía.
"E quase não apareceu, o que é ainda mais grave. Até na transmissão. Quando não aparece o lance e vemos apenas imagens fotográficas após o jogo terminar. Também é de uma gravidade incrível a forma como as pessoas são tratadas no FC Porto por comparação aos nossos rivais", rematou.