Portugal - República da Irlanda (declarações dos dois selecionadores)

Paulo Bento (selecionador de Portugal): "Foi um bom jogo da nossa equipa. Tivemos ao longo dos 90 minutos uma superioridade sobre o adversário. Praticamente o jogo sempre dominado, bem controlado. Um resultado de 3-0 ao intervalo que nos dava alguma possibilidade para depois gerir na segunda parte, o que fizemos bem em alguns momentos, com a posse de bola, descansando um pouco com a bola, também em função do calor que se foi fazendo sentir. Acho que isso também foi uma boa experiência para nós. Creio que, ao longo destes 90 minutos, tirando aquele momento de desconcentração no golo que sofremos, fizemos um jogo muito positivo, muito agradável, com momentos de muito bom futebol, e que termina fazendo com que este estágio acabe da melhor maneira. Não só em termos de resultado, como em termos de exibição, com os jogadores todos disponíveis para o jogo com a Alemanha.

(Sobre Critiano Ronaldo] Para quem esteve 15 dias parado, foi importante, e foi importante também para a equipa tê-lo.

Saio (dos Estados Unidos) da mesma maneira, com consciência daquilo que é o nosso trabalho, confiança no nosso processo, uma confiança tremenda naquilo que é a qualidade dos jogadores, na atitude dos jogadores, na disponibilidade dos jogadores e no compromisso dos jogadores. É óbvio que os processos existem para se ganhar os jogos, mas não muda nada a maneira como vamos encarar o jogo com a Alemanha. Estamos melhores, temos todos os jogadores disponíveis, que não tínhamos quando aqui chegámos. Há que elogiar a disponibilidade dos jogadores e, acima de tudo, também aquilo que foi o trabalho do departamento médico.

(Sobre Raúl Meireles) O jogador já estava antes de nós chegarmos e tem uma continuidade connosco. É um jogador influente na nossa forma de chegar.

(Sobre ter todos os jogadores disponíveis) Satisfação por ver que os jogadores podem fazer aquilo de que mais gostam e que mais querem, que é treinar nas melhores condições e poderem competir. Saímos daqui extremamente satisfeitos por ter podido utilizar todos os jogadores. À exceção de Pepe, Beto e Rafa, todos eles foram titulares num dos três jogos de preparação. O resumo, e a conclusão, tem de ser positiva, mas sem nos levarmos demasiado pelas duas vitórias e o empate com a Grécia.

Acho que não nos devemos deixar levar. Temos de tirar muitas coisas positivas deste jogo, melhorias em relação aos jogos anteriores, quer no aspeto ofensivo quer no aspeto defensivo. Mas, a exigência cada um colocará a que queira. Nós temos a que já definimos, competir da melhor maneira com cada adversário, chegar aos oitavos de final desta grande competição e continuar a competir depois, se possível cada vez melhor, para eliminar os adversários que nos possam aparecer pelo caminho.

Dentro daquilo que foi a nossa exibição em termos coletivos, penso que o Ronaldo fez um bom jogo também. Ele esteve parado durante algum tempo, fez uma exibição positiva e não teve qualquer tipo de queixa durante o tempo que jogou. Os jogadores da qualidade dele tornam as equipas melhores e a nossa seleção não foge à regra. É um jogador influente, determinante para a nossa forma de jogar”.

Martin O'Neill (selecionador da República da Irlanda): "Foi um jogo difícil para nós, como esperávamos que fosse. Jogamos contra alguns dos melhores jogadores do mundo, que se estão a dirigir para o campeonato do mundo.

Portugal jogou muito, muito bem. Não tínhamos todos (os jogadores) ao nosso dispor, era um grande teste para nós. Era algo que tínhamos de experienciar. Vamos ter jogos muito difíceis em setembro e este jogo serve de preparação para isso, independentemente das margens do resultado.

Havia receios de ele (Ronaldo) não estar pronto para jogar no campeonato do mundo, por causa da sua lesão. Percebemos que ele ultrapassou isso, o que é importante. Ele é obviamente vital para Portugal ter sucesso. Ele está obviamente no top dos dois jogadores do mundo do futebol. Portugal deve ter sucesso porque tem jogadores com muito talento, mesmo quando fizeram substituições ainda tinham jogadores muito, muito bons”.