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Mundial-2014: «Ou ganhamos ou começamos a embalar a mala», Paulo Bento

O selecionador português de futebol, Paulo Bento, lembra que Portugal já esteve em "situação difícil" em outras situações e respondeu sempre da melhor forma, como espera que aconteça logo à noite, frente aos Estados Unidos, em Manaus.

Mundial-2014: «Ou ganhamos ou começamos a embalar a mala», Paulo Bento

"A situação é muito simples: ou ganhamos ou começamo-nos a preparar para embalar a mala. Não é um cenário a que não estejamos habituados, a que os portugueses não estejam habituados", lembrou o técnico luso.

Segundo Paulo Bento, Portugal sempre se deu bem como estes "momentos de decisão" e o treinador nacional espera que, no domingo, os jogadores tenham essa "capacidade".

"Eu posso acreditar muito, mas os que têm que acreditar muito são os jogadores, que têm muito crédito. Eu posso não ter muito crédito, mas eles têm e o que lhes resta é lutar para aumentar esse crédito", disse.

Paulo Bento reconhece, porém, que "o que interessa é o momento" e o selecionador luso lembrou outros: "O momento é difícil, mas não sei se é o mais difícil, desde que estamos juntos, ou se foi com Israel, no Azerbaijão, com a Suécia ou a Dinamarca".

A receita é simples: "Devemos ser uma equipa madura, uma equipa de homens, sabendo que, como frente à Alemanha, as coisas podem não começar de feição. Se isso acontecer, temos de dar uma resposta cabal. Temos 90 minutos para jogar e para ganhar".

"Sei que estamos numa posição difícil, entre a espada e a parede, como disse o selecionador dos Estados Unidos, mas, quando estive em situação semelhante, escolhi sempre a espada, para lutar. Não me encosto à parede", frisou Paulo Bento.

Após os 0-4 com a Alemanha, Portugal não pensa, porém, em goleadas: "Portugal tem de pensar em ganhar. Ninguém pode pensar no 2-0 antes do 1-0. Temos de ser uma equipa segura, que controle todos os momentos do jogo".

O que tem de acontecer é um pensamento coletivo: "Se pensamos que só por temos o melhor jogador do Mundo vamos ganhar, isso é um erro tremendo. Temos de rodeá-lo de jogadores que nos permitiram ganhar, com fizemos antes".

Paulo Bento lembrou, por exemplo, que no Euro2012, Cristiano Ronaldo só brilhou face à Holanda e à República Checa depois de um "esforço tremendo dos jogadores" lusos no embate com a Dinamarca, que manteve o apuramento em aberto.

"Temos de jogar como equipa, sabendo que as individualidades podem fazer a diferença. Não podemos pensar que um ou dois podem resolver. Se pensarmos coletivamente, vamos jogar com o Gana com possibilidades de seguir em frente, que é o nosso primeiro objetivo", afirmou Paulo Bento.

Ainda assim, o técnico luso lembrou os recentes feitos de Cristiano Ronaldo na seleção: "Nunca colocaria num jogador só a responsabilidade de resolver os problemas e amanhã (domingo) não será exceção, mas ele tem tido um rendimento e eficácia, nos últimos tempos, extremamente elevada".

Paulo Bento falou dos "hat-tricks" com República da Irlanda e Suécia e dos golos no Europeu de 2012, os dois com a Holanda e o tento à República Checa. "Não me parece que esteja mais pressionado do que em outras alturas".

Quanto aos Estados Unidos, o treinador luso classificou-os como uma "boa equipa, extremamente competitiva, com jogadores muito intensos e muitos competitivos", que "pode jogar com dois resultados", tendo em conta que o empate lhe é favorável.

A finalizar, Paulo Bento não quis qualificar o que significaria uma eliminação na primeira fase: "Esperemos até amanhã (domingo), pelo menos. Depois com o Gana. Se for um facto, eu digo".

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