O presidente da FIFA, o suíço Joseph Blatter, reiterou hoje que o Qatar não corre perigo de perder a organização do Mundial2022 de futebol, depois de um jornal britânico publicar novas alegações no processo de escolha.
“Senhoras e senhores, acreditem em mim, têm sido ditas coisas por pessoas que não sabem exatamente o que acontece no futebol”, referiu Blatter, dirigindo-se aos delegados da Confederação Asiática de Futebol, numa entrega de prémios em Manila.
O responsável máximo do futebol mundial assegurou à plateia que o campeonato irá “disputar-se no Qatar”, recebendo um enorme aplauso dos delegados e muito pouca contestação, num evento que juntou 400 delegados na capital das Filipinas.
Joseph Blatter falou um dia depois de o jornal Sunday Times dizer que a candidatura britânica ao Mundial2018, cuja organização foi atribuída à Rússia, tinha informações de que os Mundiais da Rússia e do Qatar envolveram compra de votos e trocas de favores.
Entretanto, o presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB), Wolfgang Niersbach, veio questionar a violação de direitos humanos por parte do Qatar e que a FIFA tem que intervir.
Um relatório recente da Amnistia Internacional denuncia as condições de trabalho dos imigrantes no Qatar, com queixas de trabalhos forçados e abusos cometidos por parte dos subempreiteiros em empresas de construção.
“Na perspetiva da DFB seria do interesse do Qatar definir um período no qual um organismo independente, como a Amnistia Internacional ou a Confederação Internacional de Sindicatos pudessem ver as condições de trabalho nos estádios do Mundial”, assinalou Niersbach.