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Snooker: Nuno Santos espera que o Lisboa Open «sacie» adeptos portugueses

O vice-presidente para o snooker da Federação Portuguesa de Bilhar espera que o Lisboa Open “sacie” o apetite dos adeptos portugueses, que estavam “ávidos” de uma competição que lhes permitisse ver em ação alguns dos melhores jogadores mundiais.

Snooker: Nuno Santos espera que o Lisboa Open «sacie» adeptos portugueses

Nuno Santos reconheceu que a ausência dos quatro primeiros classificados do ‘ranking’ mundial, em especial do inglês Ronnie O’Sullivan, retira algum brilho à prova, mas prefere “concentrar-se” nos que vêm e que constituem “muitos e bons motivos” para visitar no fim de semana o pavilhão do Casal Vistoso.

“Sinceramente, tinha algum receio da adesão do público. O certo é que tem corrido muito bem. Os portugueses estavam ávidos de uma competição como esta. Claro que com aqueles nomes que enumerámos, Ronnie O’Sullivan, Neil Robertson, Ding Junhui e Mark Selby, poderia ter uma mais-valia. Não o posso negar”, observou Nuno Santos, em entrevista à agência Lusa.

Para o dirigente federativo, a venda entre 1.700 e 1.800 bilhetes, de um total de 4.500, “é por si só um sucesso”, até porque a maioria das pessoas só deverá comprar os ingressos nos dias da prova, que decorrerá entre sexta-feira e domingo, com a quinta-feira reservada às qualificações.

Nuno Santos lembrou que vão jogar em Lisboa 26 dos 32 melhores praticantes mundiais e que por essa razão “não sai melindrada esta quinta etapa do ‘tour’ europeu com a ausência dos quatros primeiros”, mas não escondeu que gostaria de receber o pentacampeão mundial, conhecido por ‘The Rocket’ (o foguete).

“Ronnie O’Sullivan é, sem dúvida, o jogador mais mediático, o mais carismático da modalidade. Não há nada que possamos fazer para contornar a sua ausência”, admitiu Nuno Santos, revelando que gostaria de ver um jovem como o inglês Judd Trump erguer o troféu, porque “a modalidade precisa de novos valores”.

Mais difícil será o desejo de ter pela primeira vez um português no quadro final de uma prova do World Snooker, o que só deverá acontecer se algum dos jogadores lusos com entrada direta na segunda pré-eliminatória defrontar um compatriota que cometa a proeza de se apurar na ronda inaugural.

“Não vai ser fácil, justamente pela falta de competitividade que temos. Recordo que apenas dois jogadores mais jovens, João Esteves da Silva e Luís Alves, é que sempre assimilaram só o snooker. Todos os restantes jogam pool e encontraram no snooker uma paixão”, explicou.

Nuno Santos será um deles, mas, apesar de ter sido um dos melhores jogadores nacionais de snooker, tendo sido o único a sagrar-se campeão em representação de Sporting, Benfica e FC Porto, mantém “expetativas moderadas” para o confronto com Joe O’Conner da primeira pré-eliminatória.

“Sinceramente, gostaria de vencer um jogo dentro dos encontros de qualificações. Seria o meu objetivo e pouco mais. Será muito difícil entrar no quadro final, porque a qualidade dos ‘qualifiers’ [britânicos] está muito acima da qualidade dos jogadores portugueses”, notou.

Com um total de 40 praticantes federados, a modalidade está ainda em fase de lançamento em Portugal, até pela falta de mesas adequadas (significativamente maiores do que as de pool) e deverá beneficiar do aparecimento de escolas de formação que reduzam a disparidade entre adeptos e jogadores.

“A ideia desta prova é não só trazer os melhores do mundo a Portugal [...], mas acima de tudo despertar nas camadas jovens o interesse pela modalidade”, sustentou o responsável federativo, assinalando que “só falta fazer com que as pessoas saiam do sofá”.

O atual campeão nacional por equipas, em representação do Benfica, adverte que a continuidade da prova em Portugal vai ser sempre “um reflexo do êxito terá neste primeiro ano”: “Não tenho dúvidas de que, a correr bem, a prova poderá manter-se por muitos anos”.

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