Comentário: Rio Ave vence Paços Ferreira no arranque de 2015

Hassan, aos 44 minutos, inaugurou o marcador para o Rio Ave, beneficiando de um desentendimento entre Seri e Ricardo Ferreira, Pedro Moreira, aos 50, fez o segundo, num lance de contra-ataque, e Hélder Lopes, aos 79, reduziu com um remate cruzado para os locais, que logo a abrir o jogo desperdiçaram uma grande penalidade.

Sem vencer ou marcar na I Liga desde 10 de novembro de 2014 (3-0 diante da Académica), o Rio Ave entrou, assim, com o pé direito em 2015, e ascendeu ao sexto lugar, com 23 pontos, ultrapassando o Paços de Ferreira, que caiu para oitavo, com 22.

Os vila-condenses, que somaram o terceiro triunfo na Capital do Móvel para o campeonato, igualando o registo dos pacenses no histórico de confrontos, jogaram no erro do adversário e esta estratégia, aliada a uma grande eficácia, ditaram o desfecho de um resultado que penaliza a falta de eficácia dos locais.

Aos três minutos, Cássio desentendeu-se com Prince, permitindo a intromissão de Bruno Moreira, que acabou carregado na área vila-condense pelo guarda-redes do Rio Ave, mas o brasileiro, ex-jogador pacense, defendeu a grande penalidade e negou o golo a Sérgio Oliveira, somando a primeira de várias valiosas intervenções no jogo.

Ao futebol de posse e mais intencional dos pacenses, liderados por Urreta, que surgia mais pela zona central, à procura das desmarcações dos interiores, concretamente de Minhoca ou Edson Farias, o grande perdulário do final da tarde, respondia o Rio Ave com um bloco baixo, com povoamento da zona central e apenas com Hassan mais destacado no ataque.

Tarantini era o primeiro apoio do marroquino e recuava para fechar a zona central, juntando-se aos "sacrificados" alas - Ukra e Diego Lopes -, numa estratégia que beneficiou ainda da falta de pontaria dos pacenses.

Minhoca e Edson Farias, ambos por duas vezes, e Ricardo Ferreira podiam ter desfeito a igualdade, mas Cássio levou a melhor nuns casos, valendo na maioria das vezes o desacerto dos jogadores pacenses.

Contra a corrente do jogo, o Rio Ave adiantou-se por Hassan, perto do intervalo, num lance em que Seri e Ricardo Ferreira hesitaram, permitindo que o avançado vila-condense batesse Rafael Defendi.

A segunda parte foi uma cópia da primeira, com o Paços balanceado no ataque e o Rio Ave à espreita de um erro para lançar rápidos contra-ataques, como o que viria a dar o segundo tento à formação orientada por Pedro Martins, aos 50 minutos, com Pedro Moreira a concluir o lance.

A partir daqui, os vila-condenses encostaram ainda mais as suas linhas, num convite que os pacenses, quase sempre mais com o coração do que com a cabeça, aproveitaram para reduzir.

Após duas perdidas de Edson Farias e outra de Hélder Lopes, de permeio com contra-ataques "venenosos" de Lionn e Diego Lopes, o defesa esquerdo acabou por reduzir, com um remate cruzado, e devolveu a esperança aos locais para os últimos 11 minutos.

Os pacenses acabaram o jogo na área do Rio Ave, mas claudicaram, uma vez mais, na finalização, somando a quarta derrota nos últimos cinco jogos oficiais.