Três pessoas morreram e 20 ficaram feridas hoje, em confrontos entre a polícia e adeptos do clube de futebol Zamalek, no Cairo, no primeiro encontro do campeonato egípcio aberto ao público depois de 2012.
De acordo com o ministro egípcio da Saúde, citado pela Agência France Presse, os confrontos começaram à porta de um estádio, situado na zona nordeste da cidade, depois de alguns adeptos terem tentado forçar a entrada no local para assistirem à partida.
O jogo entre o Zamalek e o Enbu decorreu com as bancadas ocupadas e não à porta fechada, como tem vindo a acontecer desde 2012, desde os episódios de violência ocorridos num estádio de Port-Saïd.
O ministro do Interior, no entanto, limitou o número de adeptos autorizados a entrar no estádio a 10 mil, e os bilhetes esgotaram rapidamente.
Os adeptos que fazem parte do grupo Uktra Whit Knight, desprovidos de bilhete, tentaram forçar a entrada no estádio para poderem assistir ao jogo, disse a polícia.
Os agentes da polícia usaram gás lacrimogéneo para dispersar os adeptos, que, de acordo com a polícia e testemunhas, lançaram ‘very lights’.
O jogo começou com meia hora de atraso.
Em dezembro, as autoridades egípcias decidiram autorizar o regresso, em número limitado, de espetadores a alguns jogos do campeonato da primeira divisão de futebol.
Em fevereiro de 2012, em Port-Saïd, num jogo entre o clube local Al-Masry e o Al-Ahly, adeptos do Al-Masry atacaram apoiantes da equipa adversária, provocando violentos confrontos que fizeram 74 mortos e centenas de feridos.
O treinador português Jesualdo Ferreira assinou esta semana pelo Zamalek, onde substituiu um outro português, Jaime Pacheco.