Wolfsburgo há menos de 20 anos entre a elite e já com um título de campeão

Fundado em 1945 por trabalhadores da Wolkswagen, ainda hoje a maior acionista do clube, o Wolfsburgo chegou a estar, nos anos 50, na I divisão, mas, desde da criação da ‘Bundelisga’, em 1962, nunca esteve no topo do futebol alemão até à temporada 1997/98.

Os ‘lobos’ tiveram o momento alto da sua história 11 temporadas depois, quando, comandados pelo brasileiro Grafite e pelo bósnio Dzeko – os dois primeiros avançados de um clube a marcarem mais de 20 golos na mesma época –, conquistaram o campeonato.

Logo à segunda época na liga alemã, o Wolfsburgo obteve o sexto lugar, que lhe daria a primeira de quatro participações nas competições europeias, caindo na terceira eliminatória da Taça UEFA.

O clube teve de esperar mais nove temporadas para voltar a atingir a Taça UEFA, num ano em que atingiu os 16avos de final.

Em 2009/10, o Wolfsburgo alcançou pela primeira vez a Liga dos Campeões, sendo eliminado na fase de grupos e relegado para a Liga Europa, na qual ‘trepou’ até os quartos de final, naquela que foi a sua melhor campanha continental de sempre.

Com um plantel avaliado em cerca de 205 milhões de euros, o Wolfsburgo surge este ano com ambições na segunda prova europeia de clubes, tendo reforçado a equipa com o campeão mundial André Schürrle, pelo qual pagou mais de 30 milhões.

Além do ex-jogador do Chelsea, os ‘lobos’ têm ainda na sua equipa o português Vieirinha, os suíços Ricardo Rodríguez e Diego Benaglio (ex-Nacional), o brasileiro Luiz Gustavo, o belga Kevin de Bruyne, o croata Ivan Perisic ou o dinamarquês Nicklas Bendtner.

Em forma parece estar o avançado holandês Bas Dost, que, no sábado, fez um ‘póquer’ (quatro golos) no triunfo no terreno do Bayer Leverkusen, por 5-4, numa partida em que a defesa dos 'lobos' mostrou algumas debilidades.

Por isso, o 90.º lugar no ‘ranking’ europeu acaba por ser enganador em relação ao Wolfsburgo, segundo da ‘Bundesliga’ e que iniciou o ano com uma goleada imposta ao campeão e líder Bayern Munique, por 4-1.

Antes, a paragem de inverno do campeonato alemão foi dramática para o Wolfsburgo, com a morte do médio belga Junior Malanda, de apenas 20 anos, num acidente de viação.

Em contraste com esta tragédia, o clube tem na sua equipa feminina uma fonte inesgotável de alegrias: conquistou as duas derradeiras edições da Liga dos Campeões, a última das quais no Estádio do Restelo, em Lisboa.

No início do ano, Ralf Kellermann foi eleito pela FIFA o melhor treinador de futebol feminino e Nadine Kessler a melhor jogadora do mundo em 2014.