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Sócios da Académica censuram conduta do presidente José Eduardo Simões

Os sócios da Académica aprovaram quinta-feira à noite, em Assembleia Geral Extraordinária, uma moção de censura ao presidente José Eduardo Simões pela sua conduta no processo em que foi condenado por corrupção passiva e abuso de poder.

Sócios da Académica censuram conduta do presidente José Eduardo Simões

A moção, subscrita por vários sócios, foi aprovada com 155 votos a favor, 53 contra e 16 abstenções, numa das mais concorridas reuniões dos últimos anos, que durou cerca de quatro horas e meia, com alguns momentos de agitação.

A censura resulta "do trânsito em julgado do acórdão que o condenou pela prática dos crimes de corrupção passiva e abuso de poder e à Académica no pagamento ao Estado de 200 mil euros obtidos por via da prática do crime de corrupção".

José Eduardo Simões foi condenado, em abril de 2013, a pagar 100 mil euros de donativos a dividir por duas instituições de solidariedade social e a uma pena suspensa de 15 meses de prisão, por um crime de corrupção passiva e abuso de poder, quando simultaneamente era diretor de urbanismo da Câmara Municipal de Coimbra e presidente da Académica.

O arguido recorreu da sentença do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para o Tribunal Constitucional, sem sucesso, tendo o acórdão transitado em julgado em setembro de 2014.

A Assembleia-Geral Extraordinária de quinta-feira à noite, que já terminou na madrugada de hoje, foi requerida por cerca de uma centena de sócios para analisar "as implicações institucionais, jurídicas, patrimoniais e disciplinares, derivados do trânsito em julgado do acórdão reportado ao processo judicial" em que foi visado José Eduardo Simões.

Os subscritores da moção aprovada consideram que a prática dos crimes conflitua com os valores, a história, o bom nome e o prestígio da 'briosa', causando-lhe simultaneamente prejuízo económico.

"Estou aqui de cara lavada, com orgulho, sei aquilo que fiz e o que não fiz, e hei-de proclamar-me inocente face a esta injusta condenação de que foi alvo", disse José Eduardo Simões, numa curta intervenção, a última da reunião magna, em que prometeu fazer "as ponderações habituais".

O dirigente disse ainda: Se "alguém desta sala fosse investigado como fui, tenho as mais sérias dúvidas de que fossem muitos os que escapariam a uma condenação", motivando a revolta de alguns sócios, que saíram da sala nessa altura.

No início da reunião, o presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Castanheira Neves, tornou público um parecer solicitado ao especialista em direito desportivo Leal Amado, da Universidade de Coimbra, que considera não existir qualquer incompatibilidade entre o trânsito em julgado da condenação e a continuidade na presidência do clube.

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