O suíço Joseph Blatter deverá ser reeleito na sexta-feira para um quinto mandato na presidência da FIFA, em eleições que já não contarão com o português Luís Figo, no 65.º congresso do organismo que rege o futebol mundial.
Aos 79 anos, Blatter terá como único adversário na corrida à liderança da FIFA, que preside desde 1998, o príncipe Ali bin Al Hussein, da Jordânia, vice-presidente do organismo, depois das ‘saídas de cena’ de Luís Figo, do holandês Michael van Praag e, numa fase inicial, do francês Jérôme Champagne.
O antigo internacional português, designado melhor futebolista do mundo em 2000, foi o último a retirar a candidatura, pouco tempo depois de Van Praag, líder da federação holandesa, ter feito o mesmo para apoiar Al Hussein, vice-presidente do organismo.
Luís Figo justificou o abandono da corrida à liderança da FIFA por considerar que não se tratará de um “ato eleitoral normal”, mas antes “um plebiscito de entrega do poder absoluto a um só homem (...) do qual o futebol não sairá a ganhar”.
Em vésperas do início do congresso, o príncipe jordano, de 39 anos, recebeu mais um apoio de peso, o francês Michel Platini, presidente da UEFA, mas é muito provável que no fim do segundo dia de congresso na sede da FIFA, em Zurique (Suíça), seja Blatter a voltar a sentar-se no ‘cadeirão presidencial’.
Depois de se ter tornado o oitavo presidente da FIFA a 08 de junho de 1998, em Paris, sucedendo ao brasileiro João Havelange, o dirigente suíço resistiu a sucessivas acusações, entre as quais de ter participação em irregularidades financeiras e de gerir o organismo de forma ditatorial.
O sueco Lennart Johansson, na altura presidente da UEFA, foi o primeiro a provar a derrota frente ao então secretário-geral da FIFA, sucedendo-lhe o camaronês Issa Hayatou quatro anos mais tarde, em Seul, e isso foi suficiente para que Blatter concorresse sozinho nos congressos de 2007 e 2011, ambos em Zurique.
As eleições para a presidência da FIFA monopolizam as atenções, mas o congresso tratará de matérias tão relevantes para o organismo como a análise dos relatórios de atividade e financeiro e a votação do orçamento para 2016, entre outras.