Catorze anos depois, e numa final inédita, Portugal sagrou-se hoje campeão do mundo de futebol de praia, tornando-se na segunda seleção organizadora a consegui-lo.
Num jogo em que Madjer fez aos três segundos o primeiro tento da final e o golo mais rápido da prova, a equipa portuguesa soube tirar partido da vantagem conquistada cedo, sabendo ainda sofrer quando o valoroso Taiti reagiu, tendo Alan, à entrada para o último minuto, estabelecido o 5-3 final.
O Taiti, que soube conquistar o público português ao longo do torneio, atingiu nesta edição a sua primeira final em três participações, tendo ainda sido quarto classificado há dois anos, quando organizou a prova.
Os taitianos saem de Portugal ainda com os prémios individuais de 'luvas de ouro' para o seu guarda-redes Torohia e 'bola de ouro' para Taiariu.
No primeiro jogo do dia, com uma exibição tristonha, a Itália acabou goleada (5-2) por uma Rússia empenhada no mal menor, ou seja, conquistar o último lugar do pódio depois de ter sido campeã nas últimas duas edições.
Mário Narciso, o selecionador luso, começou o mundial com cautelas e acabou vencedor, criando uma equipa que cresceu com o decorrer da competição e acabou a conseguir o feito de ser a primeira a ser campeã mundial em casa desde que o Brasil deixou de ser o anfitrião da prova.
O Campeonato do Mundo de futebol de praia existe desde 1995 e era organizado anualmente pelo Brasil, que conquistou consecutivamente todas as edições até 2005.
Em 2005, no primeiro mundial organizado sob a égide da FIFA, o Brasil foi ainda o anfitrião, mas o título foi para a França, que bateu na final Portugal, tendo nos dois anos seguintes a prova sido novamente realizada em território brasileiro e conquistado pelos 'canarinhos'.
A partir de 2008 o Mundial saiu do Brasil e a partir da edição de 2009 passou a ser organizado de dois em dois anos.