O presidente do Trabzonspor manteve retido o árbitro do último jogo a contar para a primeira divisão turca de futebol e só o libertou depois de receber uma chamada do presidente turco, Erdogan, informou hoje o jornal Hurriyet.
Ibrahim Haciosmanoglu queixou-se da equipa de arbitragem por esta não ter assinalado um penálti a seu favor e manteve a mesma dentro do seu estádio durante quatro horas.
O jogo de quarta-feira contra o Gaziantepspor, a contar para a 10.ª jornada da 'Super Lig', terminou empatado 2-2, no estádio Hüseyin Avni Aker, e, quando informado sobre o assunto, o presidente do clube, que estava em Istambul, a cerca de 900 quilómetros de Trebizonda, ligou para que não deixasem o árbitro abandonar as instalações, prometendo que ia apanhar um avião privado para se deslocar ao recinto.
Depois disto, Haciomasnoglu ligou para a emissora de televisão A Spor para se queixar em direto da atuação do árbitro e utilizou expressões como “se temos que morrer, morreremos como homens, mas nunca viveremos como mulheres”, reafirmando que o árbitro não podía sair do estádio sem que ele chegasse.
Quatro horas mais tarde, uma chamada telefónica do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, conseguiu acalmar o empresário, que deu permissão para o árbitro abandonar o estádio.
O ex-árbitro Ahmet Çakar, considerado um dos mais prestigiados do país, opinou no mesmo jornal que Haciosmanoglu tinha feito “as declarações mais irresponsáveis e mais perigosas da história do futebol”.
O Trabzonspor ocupa neste momento a nona posição da tabela classificativa, e tem no seu plantel o português José Bosingwa e o paraguaio ex-Benfica Óscar Cardozo.