Joseph Blatter deixou para segundo plano o 80.º aniversário, que comemora na quinta-feira, pois a prioridade é “limpar o nome” perante o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).
“Não se pode deixar as coisas como estão. A verdade deve ser dita e justiça feita para aqueles que a têm do seu lado”, disse o ex-presidente da FIFA à agência suíça SID, adiantando que está “a preparar o recurso ao TAS da suspensão”.
Após a deliberação do Tribunal Arbitral do Desporto, nos próximos meses, Blatter espera que a sua proibição de seis anos para todas as atividades ligadas ao futebol “seja levantada”.
Terminado o seu mandato à frente da FIFA, cargo que ocupou durante 18 anos, o suíço foi substituído por Gianni Infantino.
Em outubro, Blatter e o presidente da UEFA, Michel Platini, foram suspensos dos seus cargos depois de provado ter havido um pagamento de 1,8 milhões de euros da FIFA a Platini.
“O futebol é muito importante para mim. Quando alguém passou 41 anos da sua vida no futebol, não pode simplesmente abandoná-lo”, acrescentou Blatter, que espera que o processo que o liga a corrupção na FIFA esteja "resolvido em dois meses".
O suíço reiterou que não foi acusado “de ter feito algo errado com o dinheiro” e defendeu que irá "ver futebol e aceitar convites" que lhe sejam feitos logo que o seu nome esteja ‘limpo’.
Depois de afastado das suas funções na FIFA, Blatter manifestou-se pronto para responder às perguntas da investigação judicial que está em curso na Suíça e Alemanha sobre a nomeação do país organizador do Mundial2006 e possíveis pagamentos ilícitos entre organismos.