Crónica: Rio Ave derrota Marítimo com golo solitário de Roderick

Num desafio em que as duas equipas mostraram pouco acerto no capítulo ofensivo, e um futebol que raramente empolgou as bancadas, os nortenhos acabaram por ser premiados pela sua eficácia, quando Rodericki marcou, aos 39 minutos, permitindo à sua equipa inverter um jejum de 12 anos em que não conseguia vencer este adversário em casa.

Já o Marítimo, que andou 'adormecido' quase todo o jogo, ainda reagiu na fase final, dispondo de uma mão cheia de oportunidades evidentes para lograr o empate, mas não teve a pontaria afinada no momento do remate.

Com esta vitória, o Rio Ave, com mais um jogo, reforçou o sexto lugar, contando agora 39 pontos, menos dois do que o Arouca, quinto, e mais quatro do que o Paços de Ferreira, sétimo, enquanto o Marítimo é para já 12.º com 29.

Com uma melhor entrada no jogo, o Rio Ave não demorou a tomar conta das operações, pressionando um Marítimo que não conseguia estabilizar o seu futebol, dando demasiado espaço para as investidas dos locais.

Ainda assim, apesar do maior volume de jogo, os vila-condenses falhavam, invariavelmente, no último passe, não causando, nos primeiros instantes, dificuldades ao guardião Salin.

Do outro lado, apesar da parca vocação ofensiva, os madeirenses, que devido a muitas baixas estrearam três jogadores como titulares na Liga - Plessis, Djoussé e Gevaro -, acabariam por protagonizar o primeiro remate digno de registo do encontro, aos 18 minutos.

Após um contra-ataque, Alex Soares, de longe, atirou rasteiro para defesa aplicada de Rui Vieira, que assumiu a baliza do Rio Ave devido ao castigo do habitual titular Cássio.

Apesar do atrevimentos dos insulares, os vila-condenses não largaram o domínio do desafio, e, pouco depois, viram Guedes ter uma perdida incrível, quando com a baliza à mercê atirou para fora.

O lance acabou, no entanto, por ser o prenúncio do tento dos nortenhos, aos 39 minutos, apontado de cabeça por Roderick, na sequência de canto, que assim marcou o seu primeiro golo da carreira, em jogos oficiais, como sénior.

Em vantagem, o Rio Ave entrou um pouco mais relaxado para o segundo tempo, e apesar de ter mais posse de bola, era pouco pressionante no ataque.

Essa postura, permitiu ao Marítimo ganhar algum alento na busca do empate, mas, tal como no adversário, a inspiração ofensiva não acompanhava os comandados de Nelo Vingada.

Ainda assim, os madeirenses acentuaram a pressão nos instantes finais da partida, impulsionados com a garra imposta com as entradas de Edgar Costa e Ghazaryan, e nos últimos dez minutos estiveram muito perto de conseguir o empate.

Com uma mão cheia de oportunidades junto à baliza do Rio Ave, os insulares acabaram por pecar na finalização, perante um adversário que, descompensado nesta fase, sentiu muitos calafrios para segurar os três pontos.