Crónica: Paços Ferreira e Moreirense empatam num jogo morno

A lutar pela permanência, a formação de Moreira de Cónegos somou um precioso ponto, que ganhou redobrada importância após a derrota caseira da Académica (por 3-0, diante do Estoril-Praia), já em zona de descida, cavando uma diferença de cinco pontos (28 contra 23).

Os pacenses, por sua vez, perderam terreno para o Rio Ave, sexto classificado e vitorioso na receção ao Marítimo (1-0), mantendo o sétimo posto, com os mesmos 36 pontos do Estoril-Praia e agora a três dos vila-condenses.

No Paços de Ferreira, Manuel José substituiu no ‘onze' o lesionado Fábio Martins, titular na vitória em Guimarães (1-0), enquanto, no Moreirense, Fábio Espinho e Boateng foram titulares, por troca com os castigados Filipe Gonçalves e Rafael Martins.

Confirmando a tendência dos últimos jogos como visitante, o Moreirense entrou forte, tapando bem os caminhos da sua baliza, com Palhinha mais próximo dos centrais, e Fábio Espinho ou Vítor Gomes, este mais no fim, a pegarem no jogo e a servirem os colegas da frente, com Iuri bem mais em jogo do que Nildo, no apoio a Boateng.

A pressão alta condicionou a saída de jogo dos pacenses, que, na primeira oportunidade que tiveram de fugir a este espartilho, construíram o lance mais perigoso da primeira parte.

Manuel José, aos cinco minutos, recebeu a bola na direita e combinou com o lateral Bruno Santos, que, depois de vencer a oposição de um opositor, centrou com conta, mas Diogo Jota mediu mal o lance e, de forma incrível, falhou o remate.

Este lance animou os locais e Manuel José, três minutos depois, na cobrança de um livre direto, testou os reflexos de Stefanovic.

A luta centrava-se sobretudo a meio-campo e mantinha a bola afastada das duas balizas, o que retirava espetáculo a um jogo repartido.

A resposta dos forasteiros chegou por Boateng e Iuri Medeiros, aos 21 e 40 minutos, mas Rafael Defendi opôs-se bem.

A segunda parte replicou o início do jogo, com o Moreirense mais pressionante e, sobretudo, mais rápido sobre a bola, numa estratégia que quase resultava em golo.

Aos 53 minutos, Vítor Gomes, assistido pelo inevitável Iuri Medeiros, recebeu a bola à entrada da área, mas o remate, que levada a direção da baliza, desviou num defesa e, três minutos depois, foi o próprio Iuri, de livre direto, a obrigar Defendi a uma defesa incompleta, com Palhinha a falhar a recarga.

Este prometedor reinício não teve continuidade e o jogo foi-se arrastando a meio-campo, com as defesas a prevalecerem sobre os ataques.

O Paços só voltou a acelerar e a pressionar o Moreirense nos últimos minutos e, aos 78, uma arrancada de Bruno Santos pela direita, levou a bola a Diogo Jota, que centrou para um cabeceamento do esforçado Bruno Moreira, mas Stefanovic fechou o ângulo e anulou a iniciativa.