Crónica: Boavista vence Belenenses e dá passo importante para a manutenção

Os ‘axadrezados’ somam agora 29 pontos, mais três do que o União da Madeira, que, porém, só joga no sábado com o Sporting, em Alvalade, e cinco sobre a Académica, que recebe o FC Porto, por outro lado, voltaram às vitórias caseiras, o que já não sucedia desde 18 de janeiro.

O Belenenses, por seu lado, não perdia fora desde o dia 10 desse mês, e hoje foi, no geral, inferior a um Boavista que lutou e fez muito mais pela vitória.

O Boavista procurou desde cedo manter o Belenenses sob intensa pressão e conseguiu-o à custa de um futebol musculado, direto e sem primores técnicos, tentando assim chegar o mais depressa possível à baliza de Ricardo Ribeiro e ao golo.

Anderson Carvalho só não marcou aos quatro minutos porque o guardião azul estava atento e mais tarde (08) foi Gonçalo Silva que lhe negou o golo com uma intervenção providencial.

A pressão ‘axadrezada’ intensificou-se à medida que o tempo foi passando e daí resultaram vários cantos e livres laterais. Com 20 minutos jogados, o Boavista tinha seis cantos a seu favor contra apenas um do Belenenses, mas demonstrou, uma vez mais, falhas comprometedoras na finalização.

Ruben Ribeiro rematou forte (19), Ricardo Ribeiro defendeu para a frente e Anderson Carvalho, com a baliza ao seu dispor, falhou a recarga e uma grande ocasião de golo.

O perigo tornou-se uma constante junto da baliza belenense, e depois de Anderson Carvalho ter obrigado Ricardo Ribeiro a uma defesa quase milagrosa para evitar um golo que parecia certo (34), Zé Manuel fez o golo aos 43 minutos, aproveitando um desvio de cabeça do central Philipe Sampaio, que hoje substituiu o castigado Paulo Vinicius.

O golo foi um prémio para um Boavista que se bateu até aos limites e que quase não deixou o adversário respirar.

O Belenenses voltou para segunda parte com determinação ganhou cedo um canto e vou Ruben Pinto rematar forte e de longe, mas para as mãos do até aí tranquilo Mika.

A situação complicou-se muito para a equipa lisboeta com a expulsão de Ricardo Dias (51), por ter atingido Aymen Tahar na cabeça com o cotovelo, mas o Boavista também não tirou grande partido da superioridade numérica.

A vencer pela margem mínima, o Boavista começou a dar sinais de alguma intranquilidade, tornou-se mais calculista e, a espaços, permitiu até que o Belenenses criasse alguns sobressaltos perto da sua baliza.

Mau grado alguns sustos na reta final, o Boavista acabou por segurar os três pontos, que se justificaram, sobretudo, pela boa primeira parte que a equipa realizou.