O treinador Vítor Oliveira assegurou mais uma promoção ao escalão principal do futebol nacional, desta vez ao comando do Desportivo de Chaves, e reforçou o estatuto de ‘rei' das subidas na II Liga portuguesa.
Aos 62 anos, o antigo futebolista, natural de Matosinhos, que já orientou quase duas dezenas de emblemas, operou o regresso dos transmontanos à I Liga, depois de uma ausência desde 1999, somando a nona subida da carreira e a quarta consecutiva, em 16 presenças no segundo escalão.
Há 11 meses, Vítor Oliveira já tinha conduzido o União da Madeira ao convívio dos ‘grandes', depois de ter igualmente participado nas campanhas profícuas de Arouca (2012/13) e Moreirense (2013/14) na II Liga.
Porém, o técnico não acompanhou nenhum destes três clubes na subida, sendo que, no caso dos minhotos, acabou mesmo por deixar a equipa antes do final da temporada, saindo após a 33.ª jornada, quando o Moreirense ocupava o segundo lugar da prova, atrás do líder FC Porto B.
No final da temporada passada, Vítor Oliveira explicou o porquê de fazer carreira na II Liga, ao invés de seguir o percurso das equipas que sobe.
"Às vezes é melhor estar na II Liga a jogar para subir, do que estar na I Liga a perder e a desgastar-se. Nessas duas propostas, acho que prefiro uma equipa da II. Gosto de futebol e de treinar, independentemente de ser na I ou na II. Mas, como disse aos jogadores, bom mesmo era estar na I Liga", disse.
Ainda assim, a ‘ligação' de Vítor Oliveira ao segundo escalão começou no início da década de 90, liderando o Paços de Ferreira à I Liga, em 1990/91, algo que voltaria a alcançar com Académica (1996/97), União de Leiria (1997/98), Belenenses (1998/99) e Leixões (2006/07).
Também nesses anos, o técnico optou por não continuar com os emblemas que orientava, exceção feita ao Paços de Ferreira, no qual se manteve na temporada seguinte à subida, terminando no 12.º posto da I Liga 1991/92.
Na divisão maior, Vítor Oliveira contabiliza 14 presenças, a última das quais ao comando do Moreirense, em 2004/05, quando não terminou a época, sendo substituído por Jorge Jesus, a três rondas do final da prova.
Entre os desempenhos na I Liga, sobressai um sétimo lugar pelo Portimonense, em 1985/86, bem como um oitavo e um nono pelo Gil Vicente, respetivamente em 2002/03 e 1992/93.
Agora, pelo histórico Desportivo de Chaves, Vítor Oliveira prepara-se para regressar à I Liga, sabendo de antemão que, até ao momento, todas as equipas que subiu mantiveram-se no escalão principal na época seguinte.