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Euro-2016: «Microrrotura limitou Cristiano na final da 'Champions», Futre

Paulo Futre considera que a fraca exibição de Cristiano Ronaldo na final da Liga dos Campeões de futebol se deveu à microrrotura que este sofreu algumas semanas antes e que o forçaram a uma curta paragem competitiva.

Euro-2016: «Microrrotura limitou Cristiano na final da 'Champions», Futre

“O Cristiano vinha de uma microrrotura, o que afeta mentalmente um jogador, que sabe que o Euro está aí e pensa se irá romper outra vez. Animicamente, não é fácil quando se vem de uma rotura. Além disso, estava um calor tremendo, uma ‘brasa’ em Milão naquele dia”, disse Paulo Futre, que confessou, em entrevista à agência Lusa, ter receado durante a final que Ronaldo pudesse “sofrer nova lesão muscular e dizer adeus ao Euro2016”.

Futre reconheceu que Cristiano Ronaldo esteve “abaixo do normal” na final, apesar de ter tido “dois ou três detalhes”, como um lance em que “fez um ‘sprint tremendo’ e só não marcou o 2-0, que o tornaria no herói do jogo, porque Benzema não lhe passou a bola, como deveria”.

No entanto, reiterou a tese de que um jogador, quando vem de uma rotura, ao meter a mão no local da lesão, “sente qualquer coisa e tem medo”, o que produz um efeito “a nível físico e psicológico” que o limita.

Agora que Cristiano Ronaldo teve uns dias de descanso, Paulo Futre acredita que vai surgir no Euro2016 “em boa forma física e anímica”, ao contrário de há dois anos, no Mundial do Brasil, em que tinha o “joelho destroçado” por uma tendinite do rotuliano, que é uma “lesão tramada”, que ele próprio sofreu enquanto jogador.

“Nas últimas seis fases finais de europeus e mundiais que fizemos, três foram muito boas, em 2004, 2006 e 2012, em que chegámos às meias-finais, e três foram más, em 2008, 2010 e 2014”, lembrou Futre, para acentuar a importância de Ronaldo no desempenho da seleção das 'quinas'.

A conclusão é de Futre: “Quando ele não está bem, Portugal fracassa, quando está bem, Portugal triunfa. No Mundial da África do Sul estava bem fisicamente, mas não psicologicamente. Soubemos mais tarde que era um problema com o filho. No Europeu da Suíça e da Áustria estava tocado”.

A derrota do Atlético Madrid na final de Milão deixou Paulo Futre muito triste, mas não tanto como na final de há dois anos: “Esta derrota não foi tão dura como a de Lisboa. Aí foi a primeira vez que chorei como adepto, foi uma derrota cruel. Desta vez foi nos penáltis, mas pensei que íamos ganhar em Milão, e era justo que ganhássemos”.

Para Paulo Futre, na primeira parte “nem parecia o Atlético”, porque os jogadores estavam “muito presos, a chegar sempre tarde aos lances e a cometer erros pouco normais”, talvez devido “à ansiedade”, mas na segunda foi “completamente diferente”, com o Atlético "a tomar conta do jogo, a falhar um penálti e a chegar justamente ao empate”.

Em relação aos penáltis, não alinha com as críticas ao guarda-redes Oblak: “Ele apostou num remate ao meio da baliza. Falei com o Vítor Baía [antigo guarda-redes do FC Porto e da seleção nacional] sobre isso, ele disse-me, quando os jogadores estão muito cansados, como era o caso, que têm tendência para bater forte ao meio. Há dois meses, o Oblak foi herói nos penáltis frente ao PSV Eindhoven, nos oitavos de final, e na época passada também foi, frente ao Bayer Leverkusen.”

“Aliás, mesmo que ele tivesse adivinhado o lado para onde foram feitos os remates não teria chegado lá, porque foram todos muito bem marcados”, acrescentou Paulo Futre.

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