Portugal contrariou favoritismo e fez história, diz imprensa moçambicana

"Portugal conquista a Europa", titula a abertura da secção de desporto do Notícias, o principal diário de Moçambique, referindo que a seleção portuguesa surpreendeu o adversário em pleno Stade de France, "palco de glória para os patrícios de Asterix e Obelix".

Segundo o notícias, "o que prometia ser uma noite homérica para a França", tornou-se no "olimpo" para os portugueses, que se vingaram do desaire caseiro há 12 anos, na final contra a Grécia, e também de várias derrotas contra o adversário de domingo.

O jornal descreve Éder, o autor do golo do título, como a "besta negra para os franceses" e recorda feitos anteriores da seleção portuguesa como o terceiro lugar no mundial de 1966, quando contou os jogadores moçambicanos Eusébio, Coluna, Hilário e Vicente Lucas.

O País, principal diário privado de Moçambique, faz uma chamada de capa ao triunfo português, assunto que ocupa as duas páginas seguintes, com o título: "Portugal vence Europeu e faz história em 60 anos do campeonato".

O jornal destaca que Portugal jogou "sem o astro da equipa, Cristiano Ronaldo", mas, apesar disso, "sem se deixar intimidar com o favoritismo do adversário".

A Rádio Moçambique observa por sua vez que "Maputo acordou hoje na ressaca do título de Portugal", referindo-se à festa que se prolongou na madrugada de domingo na capital moçambicana.

A emissora pública também realça o papel de Éder, que, "de jogador mais criticado de Fernando Santos, foi o herói do jogo, ao marcar o golo do triunfo no prolongamento".

"Esta era a noite de Portugal, que segurou a vantagem e levou a taça para casa", menciona a Televisão de Moçambique, relatando que "a festa lusa nas bancadas foi tremenda", perante uma exibição de Portugal "personalizada e sem a sua grande estrela, Cristiano Ronaldo, durante a maior parte do tempo".