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Apito Dourado: Maria José Morgado reabriu outro caso contra Pinto da Costa

A procuradora-geral adjunta Maria José Morgado reabriu mais um dos processos arquivados no caso ''Apito Dourado'' relativo ao alegado envolvimento do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, confirmou hoje à Lusa fonte ligada ao processo.

O caso relaciona-se com o jogo Beira Mar-F.C.Porto, de 18 de Abril de 2004, arbitrado por Augusto Duarte, acrescentou a mesma fonte, referindo que as declarações de Carolina Salgado estiveram na base da reabertura do processo.

O Jornal de Notícias indica que ''o testemunho prestado por Carolina Salgado, a 9 de Janeiro, voltou a ser determinante para a decisão de reabrir o inquérito mas, desta vez, a coordenadora do processo foi mais contida na redacção do despacho de reabertura''.

''Enquanto no caso FCPorto-Estrela da Amadora - o primeiro a ser reaberto e que acabou por ser divulgado publicamente no sítio da internet Sportugal.pt - tinha referido expressamente o nome da ex- companheira do presidente portista, citando também excertos do seu depoimento, neste processo alude apenas a uma 'testemunha credível', sem indicação de quem se trata'', refere o jornal.

Acrescenta que os arguidos afectados pela decisão de reabertura têm agora 30 dias para efectuar reclamação hierárquica, com vista a tentar impedir o prosseguimento da investigação.

Em causa neste jogo, recorda o JN, ''está especificamente uma visita de Augusto Duarte à casa de Pinto da Costa, em Gaia, dois dias antes do jogo com o Beira-Mar, em Aveiro, que terminaria empatado''.

O árbitro de Braga terá sido acompanhado pelo empresário António Araújo e Carolina Salgado terá testemunhado este encontro.

''Aquando dos interrogatórios perante a juíza de instrução do Apito Dourado, nenhum dos intervenientes explicou as razões de semelhante encontro'', afirma o JN.

O magistrado do MP de Gaia que recebeu a certidão de Gondomar e arquivou o caso considerou sugestivos os indícios, mas concluiu pela falta de provas.

''O quadro de facto que se traçou consente perfeitamente que tal [a existência de contrapartidas] tivesse acontecido, enquanto conduta verosímil, mas não permite afirmar a sua ocorrência, em termos que permitam concluir pela possibilidade razoável de aos arguidos, por força dos indícios recolhidos, vir a ser aplicada em julgamento uma pena ou uma medida de segurança'', concluiu o procurador, no despacho de arquivamento, citado pelo JN.

Refere ainda que a visita de Duarte e Araújo foi vigiada pela PJ e acompanhada pelas escutas aos telemóveis de Pinto da Costa e Araújo e foi justificada, à juíza, pelo árbitro e pelo dirigente do FC Porto, como ''para tomar café''.

Nas escutas, Araújo referiu-se a Pinto da Costa como o ''engenheiro máximo'', ''gerente de caixa'' e refere-se à necessidade de ''ver aquele negócio'', acrescenta o JN.

LUSA

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