O novo presidente da UEFA, o esloveno Aleksander Ceferin, disse hoje que a revisão do novo acordo para a Liga dos Campeões em futebol, que beneficia as quatro federações mais poderosas da Europa, será a sua prioridade.
“Sobre a Liga dos Campeões, ainda não fomos devidamente informados. Temos de nos sentar com as 55 federações nacionais para ver qual foi o acordo e o que poderemos fazer no futuro relativamente a ele”, indicou Ceferin, em conferência de imprensa.
O dirigente esloveno, que hoje se tornou o sétimo presidente do organismo regulador do futebol europeu, ao vencer o holandês Michael van Praag no Congresso Extraordinário, realizado em Atenas, afirmou mesmo que “será o primeiro assunto” que vai tratar.
Várias federações manifestaram-se contra o acordo anunciado a 26 de agosto pelo Comité Executivo da UEFA para o período 2018-2021, segundo o qual Alemanha, Espanha, Inglaterra e Itália têm assegurados quatro lugares diretos na principal prova continental de clubes.
A “luta contra os resultados combinados, o racismo e a segurança” são algumas das principais ‘bandeiras’ do programa de candidatura do novo líder da UEFA, que pretende também “reforçar o ‘fair-play’ financeiro”, responsável pela aproximação entre os grandes e os pequenos clubes.
Ceferin considerou que a forma clara como venceu Van Praag, com 42 votos contra 13 do holandês, é um sinal de que o futebol europeu está preparado para “tempos de mudança”, antecipando a criação de novos órgãos de controlo dentro da UEFA.
Van Praag encarou a derrota como fazendo “parte do desporto”, felicitando o rival esloveno, que “tem os mesmos objetivos”.
“Hoje, a democracia falou e respeito-a”, disse o presidente da Federação Holandesa de Futebol.