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China reduz número de futebolistas estrangeiros em campo por equipa

A Associação Chinesa de futebol anunciou hoje a redução do número de jogadores estrangeiros permitidos em campo por equipa de quatro para três, depois de os clubes chineses terem batido sucessivos recordes em gastos com estrelas internacionais.

China reduz número de futebolistas estrangeiros em campo por equipa

Segundo os novos regulamentos, no 'onze' em campo podem alinhar, no máximo, três jogadores estrangeiros.

As regras entram em vigor a partir da próxima época, que na China se inicia em março.

O regulamento anterior permitia quatro jogadores estrangeiros no 'onze', desde que um fosse natural de um país asiático.

A decisão "será benéfica para o desenvolvimento integral do futebol na China, a formação dos jogadores chineses e elevação do nível da seleção nacional chinesa", referiu a Associação em comunicado.

A mesma nota refere que serão tomadas medidas para moderar "os recentes investimentos irracionais e transferências e salários avultados com futebolistas nacionais e estrangeiros".

A China bateu no mês passado o recorde da transferência mais cara de sempre na Ásia, pela quinta vez no mesmo ano, quando o Shanghai SIPG, equipa orientada pelo português André Villas-Boas, pagou 60 milhões de euros pelo médio brasileiro Óscar.

No SIPG alinha ainda o antigo jogador do FC Porto Hulk, que custou 55 ME - o segundo mais caro de sempre no país - e o defesa português Ricardo Carvalho.

Já o avançado argentino Carlos Tevez, que rumou aos chineses do Shanghai Shenhua, passou a ser o jogador mais bem pago do mundo, ao assinar um contrato de dois anos de 80 ME.

Jackson Martínez, antigo jogador do FC Porto, ou Ramires e Axel Witsel, que já alinharam pelo Benfica, são alguns dos nomes que rumaram à China no ano passado.

Empresas chinesas compraram também participações em alguns grandes clubes europeus, como o Atlético de Madrid ou os 'gigantes' de Milão.

As autoridades temem agora que o fluxo de jogadores estrangeiros reduza as oportunidades para o desenvolvimento dos futebolistas chineses.

Segunda maior economia mundial, a seguir aos Estados Unidos, a China figura em 82.º no 'ranking' da FIFA, atrás de muitas pequenas nações em vias de desenvolvimento.

No ano passado, Pequim anunciou um "plano de reforma do futebol" que prevê, entre outros pontos, a abertura de 20.000 escolas de futebol até 2020 e que "mais de 30 milhões de estudantes do ensino primário e secundário pratiquem com frequência a modalidade".

O referido plano, aprovado pela Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, o organismo máximo chinês encarregado da planificação económica, estabelece como meta colocar a seleção chinesa entre "as melhores equipas do mundo até 2050".

Confira aqui tudo sobre a competição.

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