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Liga Campeões: Cristiano Ronaldo e José Mourinho a um empate da final

O Chelsea, de José Mourinho, e o Manchester United, de Cristiano Ronaldo, precisam ''apenas'' de empatar fora com Liverpool (terça-feira) e AC Milan (quarta), respectivamente, para alcançarem a final da Liga dos Campeões em futebol.

Os ''bleus'' apresentam-se em Anfield Road com uma vantagem de 1- 0, enquanto os ''red devils'' chegam a San Siro também com um tento à maior, mas em pior situação, uma vez que consentiram dois golos em Old Trafford (vitória por 3-2).

Único semi-finalista sem qualquer título de campeão europeu no seu palmarés (ganhou a Taça das Taças em 1971 e 98 e a Supertaça Europeia em 98), ao contrário de Mourinho (levou o FC Porto à vitória, em 2004), o Chelsea é, assim, a equipa em melhor posição para chegar a Atenas, palco da final da competição, a 23 de Maio.

O golo solitário de Joe Cole (29 minutos) dá ao Chelsea a possibilidade de perder pela margem mínima, desde que marque, num jogo em que se apresentará desfalcado de jogadores importantes, sobretudo Ricardo Carvalho, mas também Michael Ballack e Arjen Robben.

Ainda assim, e apesar de vir de um decepcionante empate caseiro com o Bolton (2-2), que hipotecou praticamente o ''tri'' na Liga inglesa, o conjunto de Londres é favorito, já que lhe basta um tento para obrigar os anfitriões a marcar três.

O Liverpool, comandado pelo espanhol Rafa Benitez, tem, porém, vários argumentos a seu favor, como o factor casa, que em poucos lados é tão significativo como em Anfield Road, e o facto de a equipa estar desde há muito concentrada em exclusivo na Liga dos Campeões.

A formação da ''cidade dos Beatles'', campeã europeia em cinco ocasiões (1977, 78, 81, 84 e 2005), tem também demonstrado ser muito poderosa em jogos a eliminar, sendo que, desde 2004/2005, apenas caiu uma vez, frente ao Benfica, nos ''oitavos'' da época passada.

Face à ausência de Ricardo Carvalho, lesionado, Mourinho deverá apostar no ganês Michael Essien (ausente do jogo da primeira ''mão'' devido a castigo) para o centro da defesa, enquanto o ''gigante'' Petr Crouch (suplente em Londres) poderá ser a ''arma'' de Benitez.

Um dia após o encontro de Anfield Road, o Manchester United, duas vezes campeão europeu (1968, às custas do Benfica, e 1999), defende em Milão uma vantagem muito curta, mas, ainda assim, conquistada com enorme espírito de sacrifício.

Em Old Trafford, o brasileiro Kaká ''gelou'' as bancadas, com um ''bis'' (22 e 37 minutos) em resposta ao tento inaugural do internacional luso Cristiano Ronaldo (05), mas dois golos de Wayne Rooney (59 e 91) devolveram a esperança aos ''red devils''.

A vantagem é, no entanto, mínima e o Manchester United nem sequer pode ir para San Siro para defender, já que se vai apresentar sem nenhum dos quatro titulares da defesa - Gary Neville, Rio Ferdinand e Nemanja Vidic estão lesionados e Patrice Evra castigado.

Além deste quarteto, Alex Ferguson também não pode contar com Ji-Sung Park e Louis Saha, igualmente lesionados, pelo que a tarefa não se prevê fácil, apesar da motivação conquistada com o triunfo sobre o Everton, após recuperação sensacional (0-2 para 4-2).

Com o título inglês no ''bolso'' (falta, na pior das hipóteses, uma vitória e um empate, nos últimos três jogos) e presença assegurada na final da Taça (defronta o Chelsea), o Manchester United está, porém, a jogar com grande alma, como demonstrou no jogo de sábado.

Por seu lado, o AC Milan, que sábado também ganhou (1-0 no reduto do Torino), reforçando o terceiro lugar na Liga italiana, joga a época neste encontro, com a vantagem de estar mais fresco e de não ter baixas importantes, à excepção do brasileiro Ronaldo, que, por ter representado o Real Madrid, só pode actuar nas provas internas.

Os transalpinos, já com seis ceptros europeus (1963, 69, 89, 90, 94 e 2003), não podem, porém, facilitar, pois uma equipa com Cristiano Ronaldo, Wayne Rooney, Ryan Giggs e Paul Scholes é sempre uma enorme ameaça, mesmo ''sem'' defesa.

No caso de o Manchester United ganhar, esta será a primeira final 100 por cento inglesa e apenas a terceira entre equipas do mesmo país, após um jogo decisivo espanhol (Real Madrid-Valência, em 2000) e outro italiano (Juventus-AC Milan, em 2003).

LUSA

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